terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Liderança

Quando Action Force surgiu em Portugal no ano de 1987, os Cobra não tinham um líder. Melhor dizendo, nenhum que se soubesse como tal. Fosse pelos catálogos, anúncios ou mesmo fichas das figuras. Em termos de hierarquia, o mais parecido era Destro, fabricante/ fornecedor de armas, terrorista e brilhante estratega.

 
Face da M.A.R.S. (sistema de desenvolvimento de armamentos militares), é um devoto à guerra. É o seu negócio, e é por isso que odeia os G.I.Joe, embora os respeite enquanto unidade militar de elevada capacidade cuja direcção pacífica os torna inimigo natural de Destro. Geralmente aliado aos Cobra, sendo o seu maior fornecedor de armamento, poderia entrar em conflito com eles caso beneficiasse o negócio. Esta figura, original da 2ª série nos EUA (1983) chegaria a Portugal com a 1ª vaga de figuras em 1987. O cromado é difícil de manter, mas quando conseguido... é uma figura impressionate na sua simplicidade.     


Em 1988 nos EUA (1990 em Portugal) seria revelado o verdadeiro nome de Destro e algo mais acerca do seu passado. James McCullen era escocês, e a origem da sua máscara prendia-se com uma punição durante a guerra civil Inglesa a um dos seus antepassados por ter vendido armas a ambos os lados. Desde então, a máscara tornou-se um símbolo do clã e seria usada com orgulho.


O Comandante Cobra... finalmente chegaria a Portugal em 1989! Era a 3ª versão original da figura, sendo que as 2 anteriores nunca chegariam a ser comercializadas em solo Português. Na sua versão "armadura de combate" ficaria conhecido uns anos mais tarde quando a TV portuguesa começou a transmitir episódios da série animada. A figura, sendo lançada sensivelmente 2 anos antes dessas transmissões, não foi recebida com grande entusiasmo, uma vez que além de ter um aspecto estranhamente futurista, contava também com um duvidoso design e esquema de cores. Claro que com a sua "revelação" enquanto líder dos poderosos Cobra, passou a usufruir do estatuto!

 
A armadura fora desenvolvida pela empresa de Destro, M.A.R.S., e o elevado custo só podia ser comparável à capacidade de resistência do resultado final. Na sua ficha, Cobra Commander é retratado como um líder que acompanha as suas tropas na ponta da lança e que além de não ter escrúpulos, era um fanático obcecado pela conquista do mundo e dos seus recursos. "O mais perigoso homem vivo!"... na série de desenhos animados (especialmente na que rodou nos EUA) era mostrado como um cobarde embora perigoso pelo ódio que mostrava por todos os que se mostrassem descontentes com os seus planos. Nas bandas desenhadas era posto como brilhante conhecedor das paixões alheias e com elas jogava para obter resultados favoráveis às suas campanhas.   

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Espionagem

"O Mudfighter é o mais sofisticado avião conhecido pelo Homem". - Destro in "Operação Dragão de Fogo" (DIC entertainment studios).


Este caça-bombardeiro altamente sofisticado foi alvo de espionagem na 1ª série que a DIC produziu para a Hasbro quando substituiu a Sunbow/Marvel. Operation Dragonfire foi uma mini-série de 5 episódios de 20 minutos que fizeram a transição dos Joes para novos seguidores. E a 1ª a passar na televisão portuguesa em 1991. 


Original de 1989 nos EUA, chegaria às prateleiras em Portugal no ano de 1991. A maior diferença para o original americano era a cor das bombas. Na maior parte da Europa, azuis. Nos EUA, cinza metalizado. Trazia o piloto, "Dogfight" que tinha um aspecto de piloto de bombardeiro da segunda guerra mundial.


 Embora a série de 1989 tenha inúmeros pontos altos, este Mudfighter podia ter sido bem melhor. A maior parte dos detalhes são incorporados nos molde do corpo principal do veículo (como as Gatling guns no queixo), o trem de aterragem é fixo, entre outros detalhes que "o mais sofisticado" poderia não ter. Mas tem outros pontos altos como o design futurista e o conceito de propulsão, etc...


Scoop, o agente Cobra que se tornou G.I.Joe (já Mercer o tinha feito antes em 1987). O caminho deste foi no entanto, bem mais complicado. A sua missão como Crimson Guard tinha como objectivo a incorporação na equipa dos Joes. Para isso, contou com a oportunidade ao salvar um agente e cair nas boas graças do Sgt-Slaughter ganhando assim o uniforme. A sua missão então começou. Gravar tudo o que podia, incluindo detalhes técnicos do Mudfighter.


Esta foi outra figura esculpida com base numa pessoa real, assim como a sua ficha de combate. Scoop era o nome de código de Leonard Michaels, um repórter de TV. Na vida real, Michael "Mike" Leonard é um jornalista da NBC. E teve o privilégio de se ver imortalizado como figura de acção. Começou como agente Cobra, infiltrou-se nos G.I.Joe, e finalmente depois de desmascarado e aprisionado, acabou por ajudar os Joes a vencer a batalha, limpando assim o seu nome.


Low-Light foi o Joe que nunca gostou da ideia de Scoop ser aceite na equipa e acabou por encontrar provas da sua traição. Esta versão de Low-Light (a 2ª nos EUA) foi a única figura dos Slaughter´s Marauders à venda em Portugal. Esta "nova" equipa do Sgt. Slaughter era facilmente identificável pela cor e foi criada para ofensivas rápidas. Lamentavelmente, das 6 figuras e 3 veículos de camuflagem única... apenas Low-Light chegou ao território português em 1991 (lançado em 1989 nos EUA).


Um dos poucos aliados que Scoop teve quando contou a sua versão dos acontecimentos para ter ingressado nos Cobra foi Stalker, que acreditando no potencial deste novo Joe, permitiu que escapasse para que pudesse limpar o seu registo. Stalker foi um dos originais Joes de 1982 (embora noutra versão). Esta foi a 2ª versão que data originalmente de 1989 (EUA) e chegou a Portugal em 1991. Esta série de figuras tinha uma notável característica no que tocava a acessórios. E Stalker é o exemplo perfeito. Cada figura trazia um arsenal em vez de uma arma. Claro que havia excepções, mas essa era a regra.


Rock ´N Roll era outro membro da equipa original de 1982 e que aqui (na sua 2ª versão -1989 EUA) vemos como outro exemplo de armamento. Não tendo uma acção directa na fuga de Scoop, não o perseguiu com intento, dando algum crédito ao ex-Cobra.   


O contacto de Scoop era um Alley-Viper recentemente promovido dos corpos da Crimson Guard. Os Alley-Vipers são as tropas de combate urbano dos Cobra. E uma das unidades de elite. Como figura, uma das mais apreciadas pelos coleccionadores. Também originalmente da série 8 nos EUA, chegaria a Portugal em 1991 para gáudio dos fãs da série de TV. Esta mini-série deu um novo empurrão às vendas em Portugal e permitiu aos novos fãs um conhecimento desta notável colecção que infelizmente e a partir daí, viria a cair em qualidade até ao esquecimento. Felizmente para muitos, temos boa memória!

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Espinha dorsal dos Cobra

Víboras. Nomenclatura dada à infantaria dos Cobra. Podendo acrescentar uma especialidade a essa referência, são os Viper os primeiros oponentes a qualquer investida G.I.Joe.


Claro que existe um numeroso tipo de tropas como as já referenciadas Crimson Guard ou mesmo os Cobra Troopers, no entanto, os Vipers são a base de todo o músculo ofensivo e defensivo dos Cobra.


Todo o Viper é equipado com uma arma automática com lança-granadas e capacidade de tiro furtivo. O seu equipamento de protecção inclui um capacete com capacidade de comunicação via rádio e é protegido por armadura de corpo. Um oponente de respeito.E é só a base da pirâmide.


Treinados e equipados de forma soberba, são altamente motivados pela perspectiva de progressão na carreira e retornos materiais do esforço que aplicam nos confrontos com o inimigo.


Inicialmente lançados nos EUA em 1986, chegariam a Portugal dois anos depois naquela que seria a 2ª série "portuguesa". Por muitos considerado uma das melhores figuras de sempre, de certo modo capta todo o espírito da facção que defendem desde as cores, o look profissional e ameaçador, e o pormenor da máscara facial (inicialmente pensado para ser cromado) é simplesmente brilhante.

Diorama: Star Wars Detention Block

domingo, 12 de dezembro de 2010

Presas de Cobra

Outro dos veículos que entrava no 1º anúncio de TV em Portugal em 1987, era o Cobra F.A.N.G. Inclusivamente, pode até dizer-se que foi o 1º veículo a aparecer, sendo que o anúncio começava com uma esquadra destes helicópteros a aparecer como ameaça a um posto Action Force (G.I.Joe). Em 1991, chegaria a versão II deste F.A.N.G., acrónimo para Fully Armed Negator Gyrocopter.


Entre os dois existia uma enorme diferença que ao mesmo tempo serve uma vez mais de exemplo do que era, de facto, a marca. Realismo moderno (F.A.N.G.) e design futurista (F.A.N.G.II).

 
Originalmente parte da série 2 lançada em 1983 nos EUA, chegaria a Portugal como referido, em 1987. No entanto, eram importados da Rep. da Irlanda com referência de fabrico em 1986. Sendo que os veículos em si vinham datados de 1983, é possível que o fabrico se referisse apenas à embalagem (Action Force).


O Cobra F.A.N.G. é um dos mais mediáticos veículos da linha, tendo "servido de base" para o desenho de versões semelhantes de empresas como a Chap Mei e Lanard.Armado com 4 rockets, uma bomba e um canhão frontal, era uma pequena plataforma de miséria para os Action Force (G.I.Joe). Além do piloto, podia transportar mais 2 figuras nos esquis do trem de pouso.


O "MkII" do F.A.N.G. chegaria a Portugal em 1991, tendo sido lançado em 1989 nos EUA. Era uma aeronave de "tiltrotor", ou seja, os motores eram dirigidos num ângulo de 180º de modo a permitirem uma aterragem e levantamento vertical (VTOL). Mais bem armado que o seu antecessor, possuía além do canhão laser no nariz, 6 mísseis. Teve os seus segundos de fama na TV na mini-série da DIC "Operation Dragonfire" que foi a primeira série de desenhos animados de G.I.Joe a passar em Portugal.


Com o emblema dos corpos aéreos dos Cobra (asas ao lado da Cobra), tinha o habitual esquema de cores, um design arrojado, embora criticado por muitos. Não deixava de ser um veículo interessante, e sendo que foi pilotado pelo Serpentor no referido episódio da DIC, ganhava para mim, um carisma diferente. Nunca o encontrei à venda em Portugal e acabei por comprá-lo muitos anos mais tarde pela internet. Os rotores, sendo apoiados numa haste, rapidamente rodavam descontroladamente uma vez que diminuía a tensão entre as 2 partes que compunham a asa, ou plataforma dos rotores com o passar do tempo.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Mochilas Motorizadas

Em 1987 nos EUA, foram lançados os "Motorized Action Packs", que curiosamente viriam a ser lançados em Portugal no ano seguinte, 1988. Uma raridade de acontecimento, sendo que o "gap" temporal era geralmente de 2 anos senão mais. Mas chegaram mais cedo e ninguém se queixou...


Estas "mochilas" são consideradas veículos/ estações de combate, sendo que podendo ser transportadas por encaixe nas costas das figuras, têm geralmente uma 2ª disposição ou forma de uso. Dotadas de motor de corda, são frágeis no seu mecanismo, e geralmente perdem a sua funcionalidade com o passar do tempo. Cheguei a ter motores que não funcionavam em packs acabados de tirar da embalagem.


 "Mochilas Motorizadas de Batalha" dos Joes: Radar Station (a corda é dada no prato do radar e quando activado, roda assim como o ecrã vermelho), Rope Walker (interessante a forma como as armas da figura podiam ser encaixadas em "clips" do próprio pack, movia-se por meio de uma corda), Helicopter (as lâminas eram bastante frágeis), Anti-Aircraft Gun, com uma mira que se perdia com facilidade, movia-se de um lado para o outro.


"Mochilas Motorizadas de Batalha" dos Cobra. Rope Crosser, que era uma variante da versão dos Joes, tinha um dispositivo diferente, uma vez que a corda atravessava duas rodas enquanto o Rope Walker tinha umas "garras" que se movimentando alternadamente, faziam o pack mover-se. Earth Borer, uma "toupeira" para instalar e detonar bombas, Pom-Pom Gun, uma arma anti-aérea com canhões que "disparavam" alternadamente e finalmente o Mountain Climber que uma vez segurado o gancho, puxava o veículo assim como a figura que o pilotava.  

Nesta altura, este tipo de motorização era muito utilizado em brinquedos e várias marcas de renome fizeram desta "mecânica de movimento" uma larga parte do seu sucesso, como era o caso dos Zoids, e penso que era interessante no sentido em que é demonstrativo e simbólico da época. Recordo-me de ser diversão experimentar pôr os packs que transportavam figuras a subir tudo e mais alguma coisa.

Preço no Pão de Açúcar (Jumbo/hoje Auchan): 675$ (escudo)