sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Veículo da semana: Attack Cruiser

Podia chamar a esta entrada "desgraça da semana", mas estaria a colocar a minha experiência pessoal com este veículo à frente do interesse comum dos fãs desta fenomenal linha de brinquedos. Contarei a minha história, e o palco estará sempre livre para que contem a vossa...


Lançado no mercado português no final de 1992, embora a série completa só chegasse no ano seguinte, o Attack Cruiser era um veículo da série de 1991 (EUA). Com um ano de produção, chegava e bastava para os pedidos que vinham sendo cada vez menos.


Com um design interessante que não fugia muito ao estilo de veículo que equipava tanto Joes como Cobra, a dantesca diferença estava nos detalhes (ou na ausência deles), nas cores cada vez mais berrantes e no menor número de peças móveis. As 15 peças deste veículo por exemplo, eram montadas em 5 minutos. Levava mais tempo a colocar os autocolantes...


Armamento defensivo duplo e sistema de oposição e anulamento de pessoal, sistema de lançamento de minas anti-tanque, 2 mísseis laterais, e a estrela da companhia - A bomba planadora Full Arch.


Uma das peças mais difíceis de encontrar em bom estado, é o planador (Full Arch). Quando presente, geralmente vem danificado uma vez que o plástico de que é feito é extremamente fino e frágil. Neste caso, a imagem apresenta um exemplar perfeito, uma vez que foi comprado selado dentro da caixa original. Todo o veículo parecia construído como uma rampa de lançamento para esta arma.


Enquanto brinquedo, funcionava com sistema de mola: puxa atrás, engata... e carregando no botão, lançava-se a distâncias entre 1 e 3 metros. Esta era no fundo a forma mais interessante de usufruir deste brinquedo, especialmente se já mexia o bicho do coleccionismo, uma vez que em comparação a veículos da "era de ouro"... bom, nem se compara.


O sistema de minas anti-tanque vinha acoplado a uma patilha que por tensão disparava as minas para longe (ou para os olhos). Nestas últimas séries (estávamos a 3 anos ou 3 séries do fim da primeira era), os projectos e conceitos eram interessantes, mas os produtos finais eram desastrosos. Este era mais um exemplo. Parecia que tudo girava à volta das cores fluorescentes e de molas.

 
 Com o autocolante "Instruções em português no interior" que vinha acompanhando a maioria das caixas desde 1989, este era um sério candidato a ficar selado. Mas foi montado... em 1996.


E falando no ano da sua montagem, desperta o meu desgosto pessoal em relação a este veículo que não tem culpa nenhuma que não tendo pedido para ser feito, menos terá pedido para custar o que custou. 5580$ que actualmente rondaria os 27€! Se hoje em dia é um preço demasiado alto para este veículo (mesmo completo e imaculado, com instruções e caixa), há 15 anos atrás era um exagero. E que no fundo reflecte um pouco a minha loucura nessa altura. A internet era ainda um "feto", e encontrar alguma coisa de G.I.Joe era um achado para quem não tinha ainda carta de condução.  Hoje em dia, com milhares de figuras e centenas de veículos na colecção, é fácil aguardar que as oportunidades sorriam, não existe pressa. Comprado numa pequena loja dentro de um pequeno centro comercial, naquela altura, foi uma lição do que é a ganância de algumas pessoas. O que ainda hoje existe em torno desta marca. Raridades são poucas, oportunidades há muitas, e no fundo... hoje em dia, só é enganado quem quer!

     
 

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Personagem do dia: Hardball

A lembrar a arma de Poncho (Richard Chaves) usada no filme "Predator" aparecia em 1988 (EUA) Hardball. Nome de código de mais um atleta a integrar a ousada, altamente treinada força de missões especiais: Wilmer Duggleby.


Centerfield em ligas menores, acabaria por desistir do sonho de se tornar um jogador de baseball profissional em função da ausência de interesse dos "olheiros" das ligas profissionais. Não sendo um jogador-estrela, acabaria por captar a atenção dos Joes como jogador de equipa. 


Parte da série de 1990 em Portugal, foi uma das minha figuras favoritas. Não só pelo lança-granadas que lembrava o de Poncho (que no filme de 1987, Predator, era de facto uma notável customização de 37mm) mas pelos vários detalhes que integravam a figura.


O lança granadas de 40mm de Hardball era uma arma potente e decisiva numa batalha. O seu utilizador precisa de ter uma noção assertiva de distâncias e o background de Wilmer como jogador de baseball permitia uma rápida solução em momentos de aperto. Segundo consta, Hardball conseguia acertar com uma granada de 40mm num balde a 75 metros, calculando a distância "a olho".   


Embora a arma de 40mm fosse única e impressionante, a mochila desta figura era para mim o mais apelativo acessório. Fosse pela cor, pela marca "U.S." ou o "verde azeitona", acompanhava a figura mesmo quando substituía o lança-granadas por uma M4 ou AR15 com um M203.

    

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Personagem do dia: Freefall

Freefall foi lançado como parte da série 9 (EUA) em 1990. Paraquedista com treino de Ranger é um dos melhores elementos dos G.I.Joe.


Natural de Illinois, a sua especialidade primária é como tropa paraquedista, sendo a infantaria a sua segunda especialidade. Depois 3 semanas de "lavagem ao cérebro" (que garantem uma eliminação de 40% dos candidatos) e mais 3 semanas que precedem o verdadeiro treino como Ranger, Philip Arndt ingressou nas 8 semanas de treino exaustivo para se formar como Airborne Ranger.

 

Tendo aproveitado ao máximo o tempo de diversão de todo um treino que assusta a maior parte das tropas, é considerado o melhor que terá passado pela escola de Rangers. Com mais energia, determinação e motivação, a sua técnica é considerada sem paralelo. Uma série de virtudes apenas "manchadas" pela dimensão do seu ego. 


Lançado em Portugal em 1992, esta figura faz parte de uma série que traça uma linha de importação curiosa. Paralelamente eram postas à venda figuras em espanhol e inglês. Provenientes tanto do Reino Unido como de Espanha. As versões "espanholas" eram mais comuns nas lojas mais pequenas como tabacarias, lojas de rua e pequenos mercados. Nas grandes superfícies eram mais comuns as versões em inglês.

    

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Veículo da semana: Retaliator

Com a série de 1990(EUA) era lançado o Retaliator, uma aeronave que chegaria a Portugal em 1992. Um helicóptero único, feito à medida e ordem do seu piloto, Updraft.


 Um dos veículos presentes na série de desenhos animados que passou em Portugal, era um helicóptero futurista, com linhas fora do comum e de certo modo mais parecido com os veículos Cobra embora não pudesse ser mais G.I.Joe se quisesse.


Mantendo o tradicional esquema de armamento, assim como grande parte da disposição mecânica, a sua forma de utilização era diferente, 100% pensado "na óptica do utilizador".


Com efeito, este helicóptero havia sido desenhado pelo seu piloto, "Matt" Smithers ou Updraft. Completamente diferente de tudo, era assumidamente um helicóptero e apresentava-se como Helicóptero de Alta Tecnologia.


Pás de rotor de alta velocidade Quad 90, ventoinhas de sustentação e impulso turbo, rampa de lançamento de bombas (9), metralhadora calibre 60 Hot-Spot, 4 mísseis ar-terra, ar-ar.

Figura Freefall não incluída

Tripulação: 2. Piloto e Artilheiro.


Com alterações de fundo em relação ao que se via como o típico helicóptero, este regresso às origens e à inspiração em insectos (vespas, libélulas) mostrava-nos um Retaliator com funcionalidade e movimentações extraordinárias como a que se vê na imagem. Para largar a sua carga de bombas, o bloco de skis do trem de aterragem movimentava-se para a frente e deixava à vista a zona de saída das bombas.


Contava também com um guincho de alta potência para transporte de material e gancho de captura de veículos e carga. O gancho abria e fechava por meio de uma pega na cauda. Era operado por via de um gatilho.


Com o Retaliator, vinha o seu piloto, Updraft. A sua especialidade primária: pilotar o helicóptero que concebeu. Era também oficial de sistemas de armamento.


Antigo piloto de helicópteros de competição, tornou-se instrutor de voo para o exército americano. Como acima referido, a sua experiência e aptidão tornaram o Retaliator uma realidade. Usa-o como um fato, uma extensão da sua vontade. Ele e o helicóptero são uma unidade.


Comprei este veículo em saldo no final dos anos 90. Por essa altura, e com as vendas a roçar o inadmissível, as lojas em Portugal "despachavam" estes apanha-pó das prateleiras sempre que podiam. Voltaram de novo à frente das montras, mas com um placard a dizer "50%". Triste, e só alegre no sentido em que o preço a que então ficaram aproximava-se do preço a que eram supostos ter estado sempre. Hoje em dia são coleccionáveis, mas mesmo assim e em Portugal se usa e abusa do termo "raro". Como dizia um colega meu, nos dias que correm é fácil coleccionar G.I.Joe. Haja dinheiro, e na web arranja-se tudo ao preço que se quiser. Não faz sentido pagar o que alguns "experts" em Portugal pedem por figuras muitas vezes incompletas, em mau estado... porque são antigas. 95% das vezes é falso. Mas cada um sabe de si...

   

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Personagem do dia: Repeater

Repeater foi uma daquelas figuras típicas. Camuflado, bem armado e com o background exigido. Era já esperado, uma vez que a sua imagem já constava na parte de trás de cartões de veículos motorizados lançados no ano anterior. Com uma arma que fazia lembrar o Aliens, era "pacote completo"!

 

Lançado nos EUA em 1988 com a 7ª série original, chegaria a Portugal em 1990.


Com uma camuflagem de padrão urbano com cores que se inseriam em quase qualquer teatro de guerra, rapidamente se tornou um preferido. O suporte da arma pesada era no entanto um impedimento para a sua utilização generalizada, uma vez que estando moldado na cintura, impedia o encaixe nalguns veículos. Não se pode ter tudo...


Especialista em Infantaria e armas pesadas, havia já passado cerca de 20 anos no exército sem fazer grandes amizades na caserna. No entanto, a sua performance no campo de batalha trazia-lhe todos os amigos que quisesse, porque os levava de volta vivos. O seu trabalho é dos mais difíceis numa unidade de infantaria. O peso da arma, ser o alvo primário do inimigo... e ter de esquecer estes factos enquanto cumpre a sua função.


Em Portugal chegaram 2 variantes desta figura. Uma com o chapéu ligeiramente esverdeado e com os riscos do padrão de camuflagem mais finos, e a versão "americana" com chapéu de Ranger castanho e riscos largos nas calças.

 

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Centro Móvel de Comando

No auge da sua popularidade em Portugal (e sem o apoio de bandas desenhadas ou desenhos animados) e ainda sob o nome Action Force, chegaria um veículo pesado (a todos os níveis) que viria a ser conhecido como o maior a ser lançado no mercado português - o Mobile Command Centre.


Com um preço a rondar os 20.000 escudos (cerca de 100€) em 1989, era um investimento de algum luxo. Com o passar dos anos e a popularidade (e identidade) da marca a desvanecer, era possível encontrá-lo em saldo a metade do preço, e em algumas lojas até abaixo dos 40€. Mas no final dos anos 80 o centro de comando fazia por valer o seu alto preço.

 
O "Centro Móvel de Comando " era geralmente também o centro das montras nas lojas de brinquedos. Imponente e grandioso, captava a atenção dos adeptos de uma forma magnética.

Imagem do catálogo português de 1989
Como já referido, o Mobile Command Centre chegou a Portugal em 1989, com a 3ª série. Diferia subtilmente do original de 1987 (EUA) na cor de alguns plásticos e de forma notória nos autocolantes. O amarelo das unidades americanas era substituído pelo branco nos modelos Action Force


Este gigantesco veículo era um sonho de brinquedo mas um pesadelo de arrumação. Ou era colocado em cima de um armário ou mesa, ou estava condenado a ter o chão como garagem. Se estivesse numa zona de passagem, podia ter a sua integridade física em risco, uma vez que tanto lança-mísseis traseiro como o cockpit estavam pronunciados em relação ao corpo e podiam ser alvo de acidentes.


A transformação de veículo para centro de comando era feita através do sistema de mala de ferramentas. Tinha dois travões verticais (imagem anterior) do seu lado esquerdo que evitavam que se abrisse involuntariamente. Ao deslocar esses travões, abria para a esquerda revelando 3 pisos. Na imagem, para a direita sendo que o estamos a ver de frente.


Numa altura em que quase todas as outras linhas de sucesso tinham um "playset" de referência, os G.I.Joe tinham vários. Geralmente, um por ano. A Portugal não terão chegado os maiores, mas felizmente chegaram alguns. E este será em certa medida aquele que se acorda ser o maior alguma vez comercializado no nosso país. 


O 1º piso albergava o depósito mecânico ou garagem. Trazia um motor que encaixava no A.W.E. Striker embora na imagem da caixa demonstrasse o Triple-T do Sgt. Slaughter. Um braço mecânico com gancho para auxílio na substituição de peças pesadas, zona de reabastecimento e prateleiras para armas.


O 2º piso era o centro de comando propriamente dito. Com mapa e computadores, zona de enfermagem e até uma prisão ou centro de detenção. Para uso em qualquer dos pisos (e de forma aleatória) trazia também 6 metralhadoras/canhões e 4 projectores que eram colocados nas paredes dos níveis. Na sua base as patilhas dos grampos são extremamente frágeis e o seu uso natural levava a que se partissem com igual naturalidade.


O 3º piso continha armamento anti-aéreo (rampa de lançamento de mísseis Stinger), placa para aterragem de helicópteros e um escorrega para evacuação de emergência.


Armamento e equipamento (formato veículo):  4 mísseis HE-27 de 250libras para ataque ou contra-medidas apoiado por um radar e computador independente. 2 canhões frontais duplos de calibre 50 "Reflex", 4 mísseis "Barrage" controlados por computador, lagartas para grande carga com sistema anti-obstrução, motor de 2700cv, elevador exterior. Toda a blindagem foi desenvolvida com base no sistema de favos de mel.

 

Incluído com o Mobile Command Centre vinha o seu operador/condutor - "Steam-Roller". Na imagem, uma curiosidade, a imagem do protótipo. Quando as própria figuras não vinham numa janela da caixa, as imagens diferiam com alguma frequência das figuras incluídas. Isto devia-se geralmente a prazos de fabrico. As caixas por vezes já estavam feitas quando o produto final se concluía nas linhas de produção. Em vez de refazer as caixas, seguiam para venda com as imagens dos protótipos. Foi o início (e razão) da expressão - O produto e cor pode diferir - que actualmente vemos nalgumas embalagens.


Steam-Roller (aqui ainda dentro da saqueta original e por abrir) era operador de maquinaria pesada e especialista em blindados. Com experiência em máquinas pesadas de trabalho em docas, minas e terreno aberto, foi recrutado para os G.I.Joe enquanto conduzia um M15 (transportador de tanques). Os instintos deste Sargento são respeitados acima da patente quando está aos comandos do MCC. Um brutamontes que felizmente para os Joes, está do lado deles.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Budo - O Samurai motard

Já com alguns Ninjas na série, era altura de chamar às luzes outro estilo de guerreiro, o Samurai. Budo foi lançado em 1988 (EUA) e chegou a Portugal em 1990.


Uma figura de excelência, com pintura frágil nas mãos e que facilmente "descascava", tinha alguns problemas de encaixe em veículos devido ao gancho onde encaixava a espada (esculpida em conjunto com a bainha).


De ascendência nipónica (naturalmente), era californiano. Bisneto de emigrantes, o seu tetravô havia sido mestre de esgrima no Japão. Kyle Jesso (Budo) era mestre de Iaido, e noutras 3 artes marciais. A sua música de referência era o Heavy Metal, e o seu transporte de eleição - A Harley Davidson "Panhead" de 1965.


Herdou as armas da família no seu 18º aniversário, como era tradição.


Junto com a espada, foi-lhe entregue a seguinte poesia (haiku): "A magnífica espada embainhada reluz brilhantemente no escuro. Sem ser vista, e em repouso".

Capacete de Lando Calrissian de 1984

Uma ideia de um grande amigo meu tornou-se um cruzamento comum de quem coleccionava figuras da "Guerra das Estrelas". Encaixar o capacete de Lando Calrissian do "Regresso de Jedi". O encaixe não era perfeito, mas o look era excelente. E bem dentro do esquema de cor e background da figura.