segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Centro Móvel de Comando

No auge da sua popularidade em Portugal (e sem o apoio de bandas desenhadas ou desenhos animados) e ainda sob o nome Action Force, chegaria um veículo pesado (a todos os níveis) que viria a ser conhecido como o maior a ser lançado no mercado português - o Mobile Command Centre.


Com um preço a rondar os 20.000 escudos (cerca de 100€) em 1989, era um investimento de algum luxo. Com o passar dos anos e a popularidade (e identidade) da marca a desvanecer, era possível encontrá-lo em saldo a metade do preço, e em algumas lojas até abaixo dos 40€. Mas no final dos anos 80 o centro de comando fazia por valer o seu alto preço.

 
O "Centro Móvel de Comando " era geralmente também o centro das montras nas lojas de brinquedos. Imponente e grandioso, captava a atenção dos adeptos de uma forma magnética.

Imagem do catálogo português de 1989
Como já referido, o Mobile Command Centre chegou a Portugal em 1989, com a 3ª série. Diferia subtilmente do original de 1987 (EUA) na cor de alguns plásticos e de forma notória nos autocolantes. O amarelo das unidades americanas era substituído pelo branco nos modelos Action Force


Este gigantesco veículo era um sonho de brinquedo mas um pesadelo de arrumação. Ou era colocado em cima de um armário ou mesa, ou estava condenado a ter o chão como garagem. Se estivesse numa zona de passagem, podia ter a sua integridade física em risco, uma vez que tanto lança-mísseis traseiro como o cockpit estavam pronunciados em relação ao corpo e podiam ser alvo de acidentes.


A transformação de veículo para centro de comando era feita através do sistema de mala de ferramentas. Tinha dois travões verticais (imagem anterior) do seu lado esquerdo que evitavam que se abrisse involuntariamente. Ao deslocar esses travões, abria para a esquerda revelando 3 pisos. Na imagem, para a direita sendo que o estamos a ver de frente.


Numa altura em que quase todas as outras linhas de sucesso tinham um "playset" de referência, os G.I.Joe tinham vários. Geralmente, um por ano. A Portugal não terão chegado os maiores, mas felizmente chegaram alguns. E este será em certa medida aquele que se acorda ser o maior alguma vez comercializado no nosso país. 


O 1º piso albergava o depósito mecânico ou garagem. Trazia um motor que encaixava no A.W.E. Striker embora na imagem da caixa demonstrasse o Triple-T do Sgt. Slaughter. Um braço mecânico com gancho para auxílio na substituição de peças pesadas, zona de reabastecimento e prateleiras para armas.


O 2º piso era o centro de comando propriamente dito. Com mapa e computadores, zona de enfermagem e até uma prisão ou centro de detenção. Para uso em qualquer dos pisos (e de forma aleatória) trazia também 6 metralhadoras/canhões e 4 projectores que eram colocados nas paredes dos níveis. Na sua base as patilhas dos grampos são extremamente frágeis e o seu uso natural levava a que se partissem com igual naturalidade.


O 3º piso continha armamento anti-aéreo (rampa de lançamento de mísseis Stinger), placa para aterragem de helicópteros e um escorrega para evacuação de emergência.


Armamento e equipamento (formato veículo):  4 mísseis HE-27 de 250libras para ataque ou contra-medidas apoiado por um radar e computador independente. 2 canhões frontais duplos de calibre 50 "Reflex", 4 mísseis "Barrage" controlados por computador, lagartas para grande carga com sistema anti-obstrução, motor de 2700cv, elevador exterior. Toda a blindagem foi desenvolvida com base no sistema de favos de mel.

 

Incluído com o Mobile Command Centre vinha o seu operador/condutor - "Steam-Roller". Na imagem, uma curiosidade, a imagem do protótipo. Quando as própria figuras não vinham numa janela da caixa, as imagens diferiam com alguma frequência das figuras incluídas. Isto devia-se geralmente a prazos de fabrico. As caixas por vezes já estavam feitas quando o produto final se concluía nas linhas de produção. Em vez de refazer as caixas, seguiam para venda com as imagens dos protótipos. Foi o início (e razão) da expressão - O produto e cor pode diferir - que actualmente vemos nalgumas embalagens.


Steam-Roller (aqui ainda dentro da saqueta original e por abrir) era operador de maquinaria pesada e especialista em blindados. Com experiência em máquinas pesadas de trabalho em docas, minas e terreno aberto, foi recrutado para os G.I.Joe enquanto conduzia um M15 (transportador de tanques). Os instintos deste Sargento são respeitados acima da patente quando está aos comandos do MCC. Um brutamontes que felizmente para os Joes, está do lado deles.

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