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sábado, 10 de dezembro de 2011

Personagem do dia: Lady Jaye

Um dos personagens de maior longevidade na história da guerra entre G.I.Joe e Cobra, foi Lady Jaye. Especialista em operações secretas teria muito mais protagonismo na TV do que na linha de brinquedos.


Sendo que as séries televisivas baseadas em linhas de brinquedos não eram (e ainda são) mais que "anúncios de meia hora" a figuras e veículos, ter sido descontinuada ao fim de 2 anos de comércio tornou-a mais tarde numa figura que muitos lamentaram não conseguir.


O equipamento de vigilância estava associado à sua especialidade. Na série de TV da Marvel/Sunbow, Lady Jaye viria a ser mais conhecida pelo lançamento de dardos, peculiaridade que lhe foi atribuída pelo escritor (e co-criador da figura) Ron Friedman, uma referência na escrita e desenvolvimento do que são hoje os desenhos animados de referência.

 

Uma das poucas figuras femininas da linha (e a 1ª e única em Portugal até 1988), é considerada uma das melhores figuras femininas de sempre. De notar que é original de 1985(EUA), chegando a Portugal com a série de estreia em 1987. Na altura foi das últimas figuras que adquiri, mas hoje sinto-me bastante satisfeito por fazê-lo mesmo que tardiamente (para fazer parte de arriscadas missões de infiltração).


Embora Lady Jaye tenha seguido muito para lá das série da Marvel/Sunbow, chegando mesmo "a Portugal" na sua já relativamente diferente personalidade construída pela DIC, era de facto um fenómeno de popularidade que não poderia ser ignorado. Muito devido à talentosa Mary McDonald Lewis que não só partilhava uma extraordinária semelhança física com a personagem, como a representava com uma voz perfeita. A Lady Jaye dos desenhos animados era no entanto diferente da figura. Não tinha o chapéu e a farda era algo diferente. Também não usava a espingarda de dardos mas sim, como referi acima, lançava-os com as diferentes pontas que trazia sempre consigo. Só muito recentemente é que foi comercializada (nos EUA) a versão "TV" desta fantástica mulher de acção que tinha um fraquinho (correspondido) por Flint, o seu oficial superior!


Segundo a sua ficha original, Alison Hart-Burnett era como havia referido, agente de operações secretas. A seu cargo estavam também os registos de equipamento e pessoal e tinha assim uma função administrativa e de respeito entre os Joes. O seu ligeiro sotaque Gaélico foi deixado de parte na série de TV. A sua capacidade mímica e de domínio de línguas estrangeiras era um factor decisivo na sua função. Tudo isto num corpo de Ranger.   

 

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Personagem do dia: Bazooka

Um dos personagens da 1ª série "portuguesa" era Bazooka. Uma figura interessante, e uma das mais nostálgicas para os coleccionadores portugueses. No filme de 2009 "Rise of Cobra" foi feita uma homenagem a este personagem com um cameo da sua camisola dos New England Patriots (Steve Grogan) na base dos G.I.Joe.


Antigo condutor de tanques para o exército, acabou por optar pelos sistemas anti-tanque quando percebeu que um soldado com 2 semanas de treino e um lança-mísseis de ombro de US$200 podia deixar fora de serviço um tanque de milhões de dólares. A sua especialidade secundária continua, no entanto, a ser relacionada com os blindados. Rápido nas decisões, é considerado um elemento decisivo nas batalhas.


David Katzenbogen, nome de código: Bazooka. Foi treinado em Fort Benning, na escola avançada de infantaria e em Fort Knox na escola de blindados. Está habilitado não só a operar todos os sistema de mísseis portáteis como a desactivar explosivos. Esta figura fazia parte da série de 1985(US).


Embora nunca tenhamos tido a oportunidade de ver na TV portuguesa, a versão Marvel/Sunbow de Bazooka era quase oposta à versão oficial da Hasbro.  O chamado "comic relief" dos Joes, tinha uma personalidade de criança e as suas opiniões raramente eram tidas em séria consideração pelos outros Joes. Geralmente, em termos de personagens, a série funcionava em pares ou parcerias a 2. E o seu grande amigo e parceiro era Alpine que se mostrava como um "irmão mais velho". 

  

domingo, 17 de julho de 2011

Moreia

Um dos mais espectaculares veículos da colecção foi posto à venda em 1985 (US) e foi outra das armas Cobra a ser lançada em Portugal na série de 1987. A Moreia, equipado com um hidrofólio que aliás, lhe dá o seu "outro" nome.


Cobra Hydrofoil - (Moray). Carregado de armamento e detalhes realistas, esta embarcação não tinha rival (em Portugal).


Com capacidade para 9 ocupantes, vinha apetrechado com tudo o que um entusiasta naval pudesse sonhar. Torpedos, mísseis, canhões, torre anti-aérea, cargas de profundidade... e claro, o hidrofólio.


Nada foi deixado ao acaso, e este veículo continua a ser um dos melhores brinquedos de sempre. Da escolha de cores às funcionalidades, do tamanho ao design, é sem dúvida alguma, outra das muitas razões que fazem desta colecção um raro caso de persistência na continuidade... um clássico!


Com e sem hidrofólio activado. Os próprios autocolantes são absolutamente "na mouche". Este veículo esteve presente em toda a minha vida de coleccionador, se considerar que tal me tornei desde o momento em que adquiri a 1ª figura em 1987. Vários eram os amigos e colegas de escola que tinham esta embarcação, e que desde sempre me fascinou.


Para activar a estrutura, é empurrado um gatilho situado na parte de trás da embarcação. Puxando, volta a encaixar no casco. Na imagem, também é possível observar as portas de exaustão submersas.


As vigias/ escotilhas em frente da cabine abrem, podendo ser encaixadas duas figuras (uma para cada vigia, naturalmente). A função dos ocupantes destas posições não é clara, podendo eventualmente ser de artilheiros dos grandes canhões de assalto costeiro de 55mm. A torre de defesa anti-aérea, com capacidade giratória de 360º está equipada com um canhão de duplo cano de 23mm.


A cabine é uma pequena maravilha de detalhes. Das texturas de toda a cabine à rotação das cadeiras, passando pela própria posição em que ficam as figuras fechando uma pequena análise com os ângulos com que foi desenhado, vale a pena apreciar.


Mecanismo de abertura dos mísseis ar-mar. Na sua frente, a conduta de arrefecimento do sistema.


Na traseira (popa) existem 2 caixas com 2 cargas de profundidade cada. Na imagem pode também ser observado o motor V12 com os tubos de exaustão do turbo. Esta zona, tem também 4 posições de defesa com 4 metralhadoras de calibre 30. No chão, tem 2 painéis amovíveis que servem para guardar armamento ligeiro.


Como qualquer embarcação de ataque, esta "moreia" vem equipada com 2 torpedos de superfície de lançamento angular. Quanto a armamento destinado a combate com a superfície, também é equipado com 2 mísseis (amarelos) de baixo voo.


Incluído, o piloto - Lamprey. Piloto de hydrofoil, tem como especialidade secundária, homem-rã. Altamente treinados, para serem aceites no programa, tropas Cobra terão de ter estado a servir como homens-rã pelo menos um ano. Estima-se que, mesmo após rigorosa selecção, apenas 50% terminem o curso.


Como grande parte da colecção (veículos ou figuras), a fragilidade nunca se pode separar do detalhe. Não há como contornar este facto, a menos que se procurem peças em diamante, claro. Dos 4 "Moray" que estão actualmente na minha colecção, 2 precisaram já de "arranjo". Os danos mais comuns são nos canhões laterais e metralhadoras de popa. Usando material da mesma natureza, posso dizer que os danos ficaram quase senão mesmo totalmente imperceptíveis.

    

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Comunicações - Cobra

Numa força militar de alta tecnologia, não poderiam faltar operacionais de comunicações. Essa função era atribuída aos Tele-Vipers. Talvez os menos "venenosos" das forças Cobra (não tinham armamento), eram no entanto altamente preciosos. Tanto no campo de batalha entre a infantaria, nos postos avançados ou em bases primárias, eram eles que garantiam as comunicações entre unidades.


Especializado em comunicações e electrónica, um Tele-Viper é um operador terrestre de rádio e telecomunicações. A sua mochila é uma unidade de transmissão e recepção VHF com alternador de frequência, unidade de encriptação e interferência. O capacete incorpora microfones e auscultadores com amortecedores de ruído. Na viseira, recebe uma leitura da sua unidade de transmissão.


Original de 1985 (USA), foi uma das figuras da primeira série disponível em Portugal (1987). Acima, um dos Tele-Vipers está equipado com acessórios do 1988 Cobra Battle Gear Accessory Pack a que foi feita referência quando falei dos Homens-rã dos Cobra. Enquanto figura, era relativamente frágil (especialmente a pintura da face) e não é fácil encontrar um Tele-Viper em perfeitas condições. Como a maioria das figuras das primeiras séries, o gancho da virilha partia-se facilmente tornando-o quase inútil para exibir.  


 

domingo, 23 de janeiro de 2011

Gémeos

No catálogo de 1988 (Portugal) vinha um par de figuras de peso na hierarquia Cobra. Os Gémeos Tomax e Xamot, comandantes da Guarda Sanguinária (Crimson Guard).


Originais de 1985 (USA), os Twins eram a face empresarial da organização Cobra. O lado administrativo. Embora os tentáculos da organização terrorista tivesse outras fontes de "contorno" da lei como a Arbco, Naja Hanna Video Corp, entre outras. A empresa destes gémeos, Extensive Enterprises, lidava directamente com as necessidades dos Cobra e era esta a função para a qual fora criada, embora num universo paralelo houvesse uma ideia que já existia antes de ser "adquirida" pelos Cobra.



Quando não combatiam de fato e gravata a lutar pelos interesses dos Cobra, os Twins eram também admiráveis oponentes no campo de batalha militar liderando as tropa de elite Crimson Guard em perigosas missões.




Aproveitando a teoria da sensibilidade comprovada dos gémeos idênticos, a história de Tomax e Xamot era constantemente paralela e muitas vezes levada ao exagero. Quando um se encontrava numa situação dolorosa, essa dor era sentida pelo outro e assim acabavam por bater em retirada com as suas tropas. No entanto, essa ligação era geralmente mais útil do que comprometedora, sendo que lhes permitia transmitir ideias entre si sem proferir uma palavra e dando origem às interessantes linhas de diálogo que um iniciava e outro terminava.


Tomax e Xamot eram imagens espelhadas um do outro. A única diferença visível entre eles era a cicatriz que Xamot apresentava na face do lado esquerdo. Curiosamente, a cicatriz passou para o lado direito na série de TV da Sunbow/ Marvel (que nunca passou oficialmente na TV portuguesa mas alguns de nós podiam ver por satélite).


Os Crimson Guard Commanders eram figuras excepcionais. Embora inversamente iguais entre si, eram diferentes de todas as outras a muitos níveis. Eram figuras de comando, de facto. A pintura (em camadas e altamente frágil), o detalhe, a imagem, mostravam desde logo que não eram "simples" números. Eram líderes. A minha primeira parelha de gémeos sofreu muito e acabou por ter de ser substituída por outra. Todos os entusiastas que conheci e que os tenham tido na sua infância, adoravam estas figuras. E na eventualidade de se terem tornado coleccionadores, é mais que provável que os tenham de ter substituído algures no tempo. Afinal, eram para isso que serviam, para brincar.

   

sábado, 15 de janeiro de 2011

Montagem

Tendo esperado 24 anos por este privilégio e há mais de 10 anos à espera de uma decisão da minha consciência, decidi montar um Snow Cat. Não é o exclusivo do Toys R Us de 2003, mas o "verdadeiro", o original de 1985 nos EUA e que chegou a Portugal com a 1ª colecção em 1987.


Sacrilégio, dirão muitos, sendo que o valor de um veículo destes selado é 5 vezes superior ao resultado da minha profanação. Mas este era o momento. Tendo mostrado aqui tantas razões que formam a minha opinião quanto à superioridade desta marca, faltaria sempre mostrar efectivamente a diferença entre o passado e o presente no que toca à montagem de um brinquedo de culto.


Quando retirávamos o conteúdo da caixa, além da figura de acção e dos acessórios da mesma (quando existiam), o nosso veículo assemelhava-se a um kit de modelo. Estávamos em 1987 e os aviões de montar, carros e barcos eram presenças muito comuns no mercado. Muito procurados até pelas crianças. A Hasbro soube explorar isso com sapiência.  


Uma primeira leitura oblíqua das instruções e uma olhadela para as peças serviam para verificar se tudo estava presente. Como se pode ver, muitas das peças vinham em "árvores" de plástico. E embora as diferentes partes fossem facilmente removidas, os restos de plástico que vinham agarrados, embora não fossem notórios, podiam ser removidos com um x-acto (ou um bisturi para os mais modelistas) para que as superfícies ficassem suaves. O resultado era um grupo maior ou mais pequeno de peças prontas a integrar o veículo.


Era chegado o momento. Iniciar a montagem. A cada peça que encaixava na perfeição (como era apanágio dos veículos até finais dos anos 90) só temia que algo se partisse, uma vez que este Snow Cat estava guardado há quase uma dúzia de anos. Mas o plástico de boa qualidade esteve à altura da sua fama. 


Quando o chassis encaixou no topo superior e comecei a ver o "gato da neve" a ganhar a sua forma característica, não pude deixar de sorrir com a nostalgia. Lembro-me bem de olhar para o catálogo e em vão, procurar nas lojas. Este é outro dos meus favoritos de sempre.


O próximo passo era a montagem dos torpedos e encaixe dos mísseis. Finalmente, a aplicação dos autocolantes. Esta é a versão original (G.I.Joe). A versão que chegou a Portugal em 1987 era Action Force. Em termos de autocolantes, curiosamente, a versão "europeia" era imensamente superior. Os autocolantes eram de maior qualidade e durabilidade. Os autocolantes de 1985 deste Snow Cat são um autêntico desastre. A cola abandonava a parte de contacto e expandia para fora, dando um aspecto horrendo de contraste com a imaculada área a que se destinava. Enfim, detalhes.


 O "Gato" estava pronto. E não eram os autocolantes que me iriam estragar a festa. Este veículo, com capacidade para 10 figuras, é uma imagem perfeita da razão que me fez estar aqui, mais de duas décadas volvidas, a apreciar em silêncio e calma aparente... uma jóia.


Tudo neste veículo é demonstrativo da era e intemporalidade desta colecção. As peças são funcionais e não só de decoração. Depois da montagem, torna-se um brinquedo robusto e durável. Pronto para aventuras e campos de batalha. Preparado para enfrentar os Cobra


Na cabine, e para gáudio dos leitores, o condutor incluído com este veículo, Frostbite.


Especializado em condução de veículos a motor e de blindados, viveu toda a sua vida em meios gelados e áridos. Ingressando no exército, teve treino de armamento ligeiro e mecânica. Um sobrevivente e um precioso membro dos G.I.Joe.

 

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Acessórios de Batalha

O 2º catálogo a chegar a Portugal foi em 1988. Com ele, uma panóplia de veículos e estações de batalha de um leque de anteriores séries nos EUA (de 1983 a 1986). E uma novidade para Portugal, os acessórios de batalha (que se incluíam na categoria dos veículos).


A unidade de depósito de armas (Ammo Dump Unit - 1985, EUA) era composta por equipamento variado. De caixas de projécteis de menor calibre a rockets e bombas passando até por um bidão de combustível!

A caixa de "madeira" incluía nalguns casos novas pinturas de armamento incluído em veículos que haviam já sido lançados nos EUA e em Portugal no ano anterior (caso do Cobra F.A.N.G.). Trazia também 2 bases para figuras, que era útil para quem gostava de as ter expostas!


Também os Cobra receberiam o seu "acessório de batalha" o Rifle Range Unit, que era uma carreira de tiro para treino. também este "Battlefield Accessory" datava de 1985, série 4 nos EUA. O meu 1º foi comprado num dia de praia e montado na areia. Felizmente, nada se perdeu nem houveram grãos a entrar nos autocolantes.


Nesse catálogo e na mesma imagem dos "acessórios de batalha", vinham também mais "estações de batalha", e também de 1985 nos EUA, o Forward Observer Unit. Formado por uma tenda, monóculo e rádio, (além de armamento) era um posto de observação e ataque por morteiro.


Já de 1986 (EUA) vinha incluído no catálogo de 1988 (Portugal) o L.A.W., uma arma laser de artilharia. Simples, mas fantástica em termos de design. Outra imagem do "possível futuro" nos campos de batalha.


O Outpost Defender era um posto avançado. Um dos meus preferidos. Tinha um aspecto mais "militar" e mais contextualizado com a actualidade (na altura). Trazia uma caixa com 3 espingardas e um canhão para afastar invasores. Também de 1986 (EUA). Uma estação de batalha de médio tamanho, podia abrigar 5 ou 6 Joes no seu interior. Comprei o meu 1º "Outpost" no mesmo dia que comprei o Rifle Range. E foi durante muitos anos um dos meus "habituais" em todas as cenas de acção.


A "versão" dos Cobra era inevitavelmente mais mecânica. Além da fantástica cor que se tornaria conhecida como "Cobra Blue", era uma estação de detecção, transmissão e defesa, bem armada e extremamente bem concebida. Outro favorito, embora só viesse a ter uma destas já como coleccionador. Um original de 1986, fechava a linha de "estações de batalha" da série.

domingo, 28 de novembro de 2010

Tropas do deserto

Muito antes dos actuais soldados "Desert Viper" verem a luz do dia, só em 1991 (EUA) os Cobra tiveram os seus primeiros especialistas nas áridas e desérticas zonas arenosas. Os "Escorpiões do Deserto" eram treinados para imitar os animais que lhe davam nome. Segundo os seus ficheiros, ninguém pedia para ser um Desert Scorpion. Cumprir serviço naquelas unidades era um castigo aplicado a um qualquer Viper que não tivesse cumprido a sua missão.


Nessa mesma linha (que chegou a Portugal em 1993) viria também uma segunda versão original de Dusty(com Sandstorm - o seu coiote de estimação), o especialista em operações no deserto dos G.I.Joe. Pelo meio, nos EUA foi lançada uma versão Tiger Force da figura original, mas nunca  lançada em Portugal.

Dusty 1985 (esq) and 1991 Dusty & Sandstorm (dta)

A diferença entre a versão que chegou a Portugal com a primeira série "portuguesa" de 1987 (à esquerda) e a de 1993 (à direita) não reflecte bem o caminho que a linha estava a tomar, uma vez que em 1991(EUA) ainda haviam bons exemplos do poder desta marca e os desenhos animados da DIC que iam já para a segunda série, ajudavam a manter a procura, embora com uma quebra acentuada nas vendas. No entanto, entre os dois, é natural que se perceba que a versão original seja mais detalhada e mais "realista". E fazendo parte da série de 1987 (POR), tem certamente um lugar especial nos corações dos coleccionadores portugueses. 

1987
Sendo uma rara referência, e tendo acidentalmente sido encontrada, decidi mostrar esta foto comigo (à esquerda) e um amigo meu.  Sendo que falamos do Dusty (que tenho na mão direita), pode ver-se também o Storm Shadow, na esquerda. Esta foto é especialmente interessante porque não deixa qualquer dúvida quanto ao contexto temporal. O meu amigo está a jogar "Bomb Jack II" no meu Timex 2048!

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Escondam a prata!

Com a série que estreou em Portugal (1987), chegaram dois dos principais líderes dentro dos Cobra. Já aqui os referi, mas hoje com um deles, exploramos mais um pouco do mundo dos "Dreadnoks".


Os Dreadnoks eram uma facção que era leal aos Cobra por defeito, ou seja em comparação aos G.I.Joe. Eram um grupo com deliberado asco à autoridade e como os Cobra pagavam e bem, a aliança mantinha-se em termos que ambas as partes entendiam.


O líder era Zartan, um mestre do disfarce. Uma figura original de 1984 nos EUA, chegou a Portugal com a 1ª série, em 1987. Vinha como piloto do "Camaleão", um esquife a jacto que usava para percorrer os pântanos que rodeavam a sua base. Tanto o veículo como parte da figura eram feitos de um plástico sensível à luz solar e que voltava à cor original quando em contacto com frio.


Na sua mochila, trazia uma face que se encaixava no capuz da figura, mostrando assim a mestria do personagem. Esta é das poucas figuras que não traz parafuso nas costas e como tal, quase impossível de reparar quando danificada. O meu 1º Zartan ficou decapitado numa queda aparatosa e nunca mais foi o mesmo! os painéis transparentes que vêem no peito e pernas são removíveis e traziam autocolantes que eram também eles sensíveis à luz solar.


Com a 1ª série em Portugal, viriam também dois dos mais carismáticos personagens dos "Dreadnoks" (ou terroristas, como foi aparentemente traduzido em Portugal pelos entusiastas da linha). Ripper e Buzzer eram o duo de comédia indispensável em qualquer série, filme ou BD. Não eram mostrados como muito inteligentes, embora na sua ficha original eram ambos tidos como brutais e competentes. Buzzer inclusivamente teria sido investigador de sociologia que ficou agarrado ao fenómeno dos gangs


No ano que se seguiu (em Portugal) chegariam os irmãos de Zartan. Zarana, uma assassina profissional, e Zandar, batedor. Tal como o irmão, ambos mestres do disfarce e foto-sensíveis. Como figuras, também mudam de cor. O meu 1º Zandar foi comprado a um rapaz que era norte-americano e a 1ª Zarana que esteve nas minhas mãos, pertencia a um rapaz sul-africano. Bastante internacional! Resta referir que os irmãos de Zartan pertenciam à série 5 (1986 EUA).


No mesmo ano de 1988, a Portugal chegaria também outro terrorista. Recém chegado aos grupo por meio de "casting", Monkeywrench seria a par de Thrasher outro elemento de competente loucura no gang. Obviamente fã de explosões, acabou por dar muito jeito como perito em explosivos e demolições. O meu 1º Monkeywrench foi comprado no Jumbo por 595 escudos (cerca de 3€) e vinha defeituoso. Para lá de reparação. Sendo que era o único, acabei por não ter outro remédio senão habituar-me à sua "deficiência" que advinha de uma falha de construção que tornava a sua cabeça constantemente solta.