Pensado para 1990(EUA), por razões relacionadas com a produção, só no ano seguinte o G.I.Joe Badger estaria disponível para venda nos Estados Unidos. Este velocíssimo jeep era a mais moderna arma dos G.I.Joe na classe de ligeiros. À velocidade, combinava a manobrabilidade e intenso poder de fogo que colocava no terreno de batalha. Era um pesadelo para as mais disciplinadas linhas dos Cobra...
A Portugal chegaria nos finais de 1992, e seria em 1993 que podia ser encontrado em (quase) todos os habituais locais de venda. O grafismo da caixa é diferente da versão americana e consequentemente da versão vendida nos países que se abasteciam nos mesmos fornecedores dos norte-americanos. Como já havia referido anteriormente, "Portugal" ia buscar os G.I.Joe ora ao Reino Unido, ora a Espanha.
Embora de simples construção enquanto peça, este veículo era estranhamente apetecível. As suas linhas agressivas tornavam-no em algo que cativava, embora manifestamente demonstrativo dos cortes de orçamento que a linha sofria cada vez mais. A grelha frontal equipava um sistema de luzes de 500W amplificadas por lentes.
Equipado com aquele que parece ser o mais poderoso dos canhões de mola de toda a colecção (que pode magoar se atingir partes mais sensíveis do corpo), disparava 3 mísseis a mais de 3 metros.
Longe das complexas suspensões que protegiam os veículos dos anos 80, este jeep vem com uma suspensão traseira funcional. E o mais interessante é que as rodas giravam suavemente permitindo a este conjunto de características oferecer às "crianças" momentos de diversão sem fim. Devido à sua simples construção, o Badger é quase indestrutível e considerando a sua altura ao solo, rola em quase todos os tipos de piso. Sem dúvida um dos meus favoritos entre aqueles menos aclamados.
A jaula que protege a cabine (e condutor) pode ser levantada assim como o capô (ou capot) que revela um pneu sobressalente que no entanto nada tem de comum com os que vêm com o Badger. Curiosamente, estes 4 pneus são do mesmo exacto molde daqueles que equipam o Cobra BUGG, e são de facto interconectáveis não havendo qualquer diferença de cor. Quanto à cor, mas da estrutura exterior, é naturalmente sensível ao sol. Sendo originalmente de um verde/amarelo neon, passa a amarelo torrado em poucas semanas se os devidos cuidados não forem tomados.
Pensado para apenas uma figura (condutor) pode ainda transportar mais duas (uma de cada lado) graças aos pinos/cavilhas de pé que se encontram entre as barras laterais e abas das rodas frontais.
Armado com um sofisticado lança-mísseis automático, dispara mísseis de superfície que voam em silêncio junto ao solo. A antena de transmissão (que orgulhosamente eleva a bandeira da unidade) tem capacidade de interferência em rádios inimigos, servindo assim de escudo contra detecção.
A alta velocidade, o Badger penetra as linhas do inimigo, causado confusão e devastação entre os Cobra...
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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012
segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012
Veículo da semana: Motorized Battle Wagon
Original de 1991(EUA), este veículo motorizado (a pilhas) chegaria a Portugal com a última série distribuída em larga escala pelas lojas e grandes superfícies. No entanto e mesmo assim, este veículo não foi uma das apostas de comércio por grosso ficando assim a sua disponibilidade limitada às lojas da especialidade.
Com um preço que variava entre 8.500$ e 13.000$ em finais de 1992/ inicio de 1993, associado a uma fraca aposta de marketing em Portugal, naturalmente perdia para brinquedos "insurgentes" que juntos, lenta mas certamente retiravam a coroa de vendas a G.I.Joe.
O Motorized Battle Wagon ou simplesmente Battle Wagon era o maior veículo da série de ´93(Portugal) que contavam com 2 sistemas motorizados: Locomoção e tiro.
Um pequeno monstro que se assemelhava a um carro telecomandado em dimensão. No entanto, e no fundo era o seu calcanhar de Aquiles, não era comandado por rádio. Ainda assim e para muitos fãs de G.I.Joe, tornou-se um item de referência.
Assim, a ignição e movimento eram controlados por um botão que se encontrava na traseira e que permitia ao Battle Wagon movimentar-se em frente ou para trás. Tendo eixos fixos, não podia virar para a esquerda ou direita fazendo deste veículo uma máquina bastante limitada. Em sua defesa, posso adiantar que quando se movia era quase imparável, transportando as 8 a 10 figuras a uma velocidade interessante...
Assim como a maior parte dos "restos" que as lojas de brinquedos acumulavam, deixando de cair nas boas graças das crianças, G.I.Joe foi caíndo nas promoções, saldos e liquidações nos finais dos anos 90. A 50% o Battle Wagon acima custou 5.000$ (cerca de 25€ na moeda actual). Considerando a inflação, custaria hoje em dia 50€ o que não era de todo um mau preço.
Como a maioria das "versões europeias", também o Battle Wagon difere do seu "irmão" americano embora de uma forma quase imperceptível. A versão americana (que se vendia em França e Alemanha por exemplo) tem um canhão de uma cor mais laranja e um verde mais seco. Alguns autocolantes podem diferem na cor sendo a versão americana menos fluorescente.
Este veículo vinha equipado com um sistema de guincho manual. Para um veículo tão limitado em movimentos como potenciado pela força do motor, era uma função que lhe garantia uso. Desde retirar outros veículos dos Joes de locais inacessíveis a simples operações de resgate ou abrir portões de bases Cobra, passando pelos mais estranhos usos, fazia de tudo.
Se a referência à motorização para locomoção possa soar desinteressante ou banal, já o sistema de tiro era bem mais utilitário. Além de poder ser usado como principal arma do Battle Wagon, podia ser retirado do veículo e usado como bateria de mísseis no solo...
Paralelamente, passávamos a ter acesso à cabine de controlo de tiro, agora a descoberto. Simples, mas dotada dos habituais monitores e detalhes de qualquer veículo desta linha. Tudo considerado, bastante satisfatório.
Equipado com um motor eléctrico, este canhão disparava 8 mísseis em sequência e a uma distância considerável. O som do motor em rotação faz lembrar uma verdadeira "Gatling gun". O controlo de tiro pode ser visto na imagem e sendo sensível ao toque, podia disparar os 8 mísseis rapidamente como dispará-los um a um dependendo da arte do atirador.
Debaixo da grelha de protecção da cabine do carro, podiam ser colocados 2 Joes. Curiosamente, este enorme veículo não trazia piloto. Esta era uma infeliz prova da curva descendente da marca em função do seu glorioso passado e que anunciava uma transição para um mercado onde já não era única. Razões que levaram ao seu cancelamento no ano que se seguiria.
O Battle Wagon ficou assim na História como uma das "bestas" da colecção e para todos os efeitos, um dos últimos marcos da 1ª geração de G.I.Joe.
Com um preço que variava entre 8.500$ e 13.000$ em finais de 1992/ inicio de 1993, associado a uma fraca aposta de marketing em Portugal, naturalmente perdia para brinquedos "insurgentes" que juntos, lenta mas certamente retiravam a coroa de vendas a G.I.Joe.
O Motorized Battle Wagon ou simplesmente Battle Wagon era o maior veículo da série de ´93(Portugal) que contavam com 2 sistemas motorizados: Locomoção e tiro.
Um pequeno monstro que se assemelhava a um carro telecomandado em dimensão. No entanto, e no fundo era o seu calcanhar de Aquiles, não era comandado por rádio. Ainda assim e para muitos fãs de G.I.Joe, tornou-se um item de referência.
Assim, a ignição e movimento eram controlados por um botão que se encontrava na traseira e que permitia ao Battle Wagon movimentar-se em frente ou para trás. Tendo eixos fixos, não podia virar para a esquerda ou direita fazendo deste veículo uma máquina bastante limitada. Em sua defesa, posso adiantar que quando se movia era quase imparável, transportando as 8 a 10 figuras a uma velocidade interessante...
Assim como a maior parte dos "restos" que as lojas de brinquedos acumulavam, deixando de cair nas boas graças das crianças, G.I.Joe foi caíndo nas promoções, saldos e liquidações nos finais dos anos 90. A 50% o Battle Wagon acima custou 5.000$ (cerca de 25€ na moeda actual). Considerando a inflação, custaria hoje em dia 50€ o que não era de todo um mau preço.
Como a maioria das "versões europeias", também o Battle Wagon difere do seu "irmão" americano embora de uma forma quase imperceptível. A versão americana (que se vendia em França e Alemanha por exemplo) tem um canhão de uma cor mais laranja e um verde mais seco. Alguns autocolantes podem diferem na cor sendo a versão americana menos fluorescente.
Este veículo vinha equipado com um sistema de guincho manual. Para um veículo tão limitado em movimentos como potenciado pela força do motor, era uma função que lhe garantia uso. Desde retirar outros veículos dos Joes de locais inacessíveis a simples operações de resgate ou abrir portões de bases Cobra, passando pelos mais estranhos usos, fazia de tudo.
Se a referência à motorização para locomoção possa soar desinteressante ou banal, já o sistema de tiro era bem mais utilitário. Além de poder ser usado como principal arma do Battle Wagon, podia ser retirado do veículo e usado como bateria de mísseis no solo...
Paralelamente, passávamos a ter acesso à cabine de controlo de tiro, agora a descoberto. Simples, mas dotada dos habituais monitores e detalhes de qualquer veículo desta linha. Tudo considerado, bastante satisfatório.
Uma vez fora do "Wagon", o canhão era agora operado por um Joe que se colocaria na cadeira de artilheiro.
Equipado com um motor eléctrico, este canhão disparava 8 mísseis em sequência e a uma distância considerável. O som do motor em rotação faz lembrar uma verdadeira "Gatling gun". O controlo de tiro pode ser visto na imagem e sendo sensível ao toque, podia disparar os 8 mísseis rapidamente como dispará-los um a um dependendo da arte do atirador.
Debaixo da grelha de protecção da cabine do carro, podiam ser colocados 2 Joes. Curiosamente, este enorme veículo não trazia piloto. Esta era uma infeliz prova da curva descendente da marca em função do seu glorioso passado e que anunciava uma transição para um mercado onde já não era única. Razões que levaram ao seu cancelamento no ano que se seguiria.
O Battle Wagon ficou assim na História como uma das "bestas" da colecção e para todos os efeitos, um dos últimos marcos da 1ª geração de G.I.Joe.
sexta-feira, 28 de outubro de 2011
Veículo da semana: Attack Cruiser
Podia chamar a esta entrada "desgraça da semana", mas estaria a colocar a minha experiência pessoal com este veículo à frente do interesse comum dos fãs desta fenomenal linha de brinquedos. Contarei a minha história, e o palco estará sempre livre para que contem a vossa...
Lançado no mercado português no final de 1992, embora a série completa só chegasse no ano seguinte, o Attack Cruiser era um veículo da série de 1991 (EUA). Com um ano de produção, chegava e bastava para os pedidos que vinham sendo cada vez menos.
Com um design interessante que não fugia muito ao estilo de veículo que equipava tanto Joes como Cobra, a dantesca diferença estava nos detalhes (ou na ausência deles), nas cores cada vez mais berrantes e no menor número de peças móveis. As 15 peças deste veículo por exemplo, eram montadas em 5 minutos. Levava mais tempo a colocar os autocolantes...
Armamento defensivo duplo e sistema de oposição e anulamento de pessoal, sistema de lançamento de minas anti-tanque, 2 mísseis laterais, e a estrela da companhia - A bomba planadora Full Arch.
Uma das peças mais difíceis de encontrar em bom estado, é o planador (Full Arch). Quando presente, geralmente vem danificado uma vez que o plástico de que é feito é extremamente fino e frágil. Neste caso, a imagem apresenta um exemplar perfeito, uma vez que foi comprado selado dentro da caixa original. Todo o veículo parecia construído como uma rampa de lançamento para esta arma.
Enquanto brinquedo, funcionava com sistema de mola: puxa atrás, engata... e carregando no botão, lançava-se a distâncias entre 1 e 3 metros. Esta era no fundo a forma mais interessante de usufruir deste brinquedo, especialmente se já mexia o bicho do coleccionismo, uma vez que em comparação a veículos da "era de ouro"... bom, nem se compara.
O sistema de minas anti-tanque vinha acoplado a uma patilha que por tensão disparava as minas para longe (ou para os olhos). Nestas últimas séries (estávamos a 3 anos ou 3 séries do fim da primeira era), os projectos e conceitos eram interessantes, mas os produtos finais eram desastrosos. Este era mais um exemplo. Parecia que tudo girava à volta das cores fluorescentes e de molas.
Com o autocolante "Instruções em português no interior" que vinha acompanhando a maioria das caixas desde 1989, este era um sério candidato a ficar selado. Mas foi montado... em 1996.
E falando no ano da sua montagem, desperta o meu desgosto pessoal em relação a este veículo que não tem culpa nenhuma que não tendo pedido para ser feito, menos terá pedido para custar o que custou. 5580$ que actualmente rondaria os 27€! Se hoje em dia é um preço demasiado alto para este veículo (mesmo completo e imaculado, com instruções e caixa), há 15 anos atrás era um exagero. E que no fundo reflecte um pouco a minha loucura nessa altura. A internet era ainda um "feto", e encontrar alguma coisa de G.I.Joe era um achado para quem não tinha ainda carta de condução. Hoje em dia, com milhares de figuras e centenas de veículos na colecção, é fácil aguardar que as oportunidades sorriam, não existe pressa. Comprado numa pequena loja dentro de um pequeno centro comercial, naquela altura, foi uma lição do que é a ganância de algumas pessoas. O que ainda hoje existe em torno desta marca. Raridades são poucas, oportunidades há muitas, e no fundo... hoje em dia, só é enganado quem quer!
Lançado no mercado português no final de 1992, embora a série completa só chegasse no ano seguinte, o Attack Cruiser era um veículo da série de 1991 (EUA). Com um ano de produção, chegava e bastava para os pedidos que vinham sendo cada vez menos.
Com um design interessante que não fugia muito ao estilo de veículo que equipava tanto Joes como Cobra, a dantesca diferença estava nos detalhes (ou na ausência deles), nas cores cada vez mais berrantes e no menor número de peças móveis. As 15 peças deste veículo por exemplo, eram montadas em 5 minutos. Levava mais tempo a colocar os autocolantes...
Armamento defensivo duplo e sistema de oposição e anulamento de pessoal, sistema de lançamento de minas anti-tanque, 2 mísseis laterais, e a estrela da companhia - A bomba planadora Full Arch.
Uma das peças mais difíceis de encontrar em bom estado, é o planador (Full Arch). Quando presente, geralmente vem danificado uma vez que o plástico de que é feito é extremamente fino e frágil. Neste caso, a imagem apresenta um exemplar perfeito, uma vez que foi comprado selado dentro da caixa original. Todo o veículo parecia construído como uma rampa de lançamento para esta arma.
Enquanto brinquedo, funcionava com sistema de mola: puxa atrás, engata... e carregando no botão, lançava-se a distâncias entre 1 e 3 metros. Esta era no fundo a forma mais interessante de usufruir deste brinquedo, especialmente se já mexia o bicho do coleccionismo, uma vez que em comparação a veículos da "era de ouro"... bom, nem se compara.
O sistema de minas anti-tanque vinha acoplado a uma patilha que por tensão disparava as minas para longe (ou para os olhos). Nestas últimas séries (estávamos a 3 anos ou 3 séries do fim da primeira era), os projectos e conceitos eram interessantes, mas os produtos finais eram desastrosos. Este era mais um exemplo. Parecia que tudo girava à volta das cores fluorescentes e de molas.
Com o autocolante "Instruções em português no interior" que vinha acompanhando a maioria das caixas desde 1989, este era um sério candidato a ficar selado. Mas foi montado... em 1996.
E falando no ano da sua montagem, desperta o meu desgosto pessoal em relação a este veículo que não tem culpa nenhuma que não tendo pedido para ser feito, menos terá pedido para custar o que custou. 5580$ que actualmente rondaria os 27€! Se hoje em dia é um preço demasiado alto para este veículo (mesmo completo e imaculado, com instruções e caixa), há 15 anos atrás era um exagero. E que no fundo reflecte um pouco a minha loucura nessa altura. A internet era ainda um "feto", e encontrar alguma coisa de G.I.Joe era um achado para quem não tinha ainda carta de condução. Hoje em dia, com milhares de figuras e centenas de veículos na colecção, é fácil aguardar que as oportunidades sorriam, não existe pressa. Comprado numa pequena loja dentro de um pequeno centro comercial, naquela altura, foi uma lição do que é a ganância de algumas pessoas. O que ainda hoje existe em torno desta marca. Raridades são poucas, oportunidades há muitas, e no fundo... hoje em dia, só é enganado quem quer!
sábado, 20 de agosto de 2011
No Top10 dos brinquedos perigosos
Em 1991, o criador da W.A.T.C.H. (mundo contra males causados por brinquedos - mais coisa menos coisa), o senhor Edward M. Swartz (1934-2010), publicou a lista dos 10 brinquedos mais perigosos vendidos nos EUA. Uma lista anual que até à data da sua morte contava já com cerca de 40 edições e pretendia sensibilizar os pais a evitar certos brinquedos que por razões por ele apontadas seriam passíveis de serem perigosos. Para espanto de alguns, o número 7 era ocupado pelo veículo de ataque polar Cobra Ice Sabre...
Fosse por essa razão, no sentido em que a WATCH em 1991 já tinha algum poder de pressão no mercado, ou por mero acaso, a verdade é que nunca consegui encontrar este veículo à venda em Portugal. A série de 1991 (EUA) seria lançada em território nacional em 1993 e com forte apoio de desenhos animados, tinha nessa altura uma presença considerável nas grandes superfícies. Quanto ao Ice Sabre, nem vê-lo...
Notícia publicada no jornal diário Correio da Manhã, foi-me gentilmente enviada por um seguidor ao qual fico agradecido pela oportunidade de pesquisa que me proporcionou. Não sabia desta história, e a ausência do Sabre pode ter assim sido desmistificada.
Na opinião do agora falecido autor da lista, o disparo da cinta de fulminantes associada ao lança-mísseis podia ferir a audição dos utilizadores assim como o impacto dos mísseis projectados por mola. A maior preocupação para os coleccionadores, era o facto deste veículo estar no top10... dos veículos mais frágeis da colecção. É de uma fragilidade incrível. Tenho 3 na minha colecção e apenas 1, que pode ser visto nas imagens, está em estado decente. Outro partiu precisamente no lança-mísseis (que é impossível reparar de forma a torná-lo funcional) e um 3º tem uma lista de "lesões" lamentavelmente longa.
Sendo aceitável a sua preocupação, a Hasbro não retirou do mercado (americano, pelo menos) o Cobra Ice Sabre e como já referi, não tendo encontrado em Portugal este veículo, tenho conhecimento da sua comercialização na Europa, ou pelo menos, da produção das caixas europeias. Seria interessante saber se algum leitor português conseguiu encontrar uma peça destas em território nacional...
Quanto ao funcionamento do lança-mísseis e do seu som produzido pelo rebentamento do fulminante, acabava por ser um regresso a anos "idos", uma vez que as gerações anteriores à proibição destas miniaturas da pirotecnia certamente se lembrariam dos anos 80 e das "raspas" e "bombinhas da china", assim como as fitas de fulminates para pistolas de brincar. Para quem não era desse tempo, este veículo trazia assim esta novidade, sendo que no fim dos seus 16 disparos (8 por tampa) seria virtualmente impossível encontrar substitutos.
O Ice Sabre era um veículo de ataque polar, com capacidade para 9 ocupantes. Fortemente armado, veloz e difícil de detectar em ambientes gelados, para os quais havia sido desenhado. Um canhão frontal cuja função primária seria o desbloqueamento de vias, podia ser usado contra veículos ou pessoal. 2 canhões com capacidade para fogo anti-aéreo e uma rampa de lançamento com 4 mísseis de neutrões guiados por laser.
No interior do habitáculo, havia lugar para 3 ocupantes em assentos construídos numa plataforma rotativa. Sendo que era um cockpit aberto, qualquer um podia pilotar o Sabre ou disparar sobre inimigos... alternando conforme a necessidade. Um conceito interessante. O design do Ice Sabre é futurista mas assente em bases bem reais. Com lagartas a promover a tracção, usava skis na zona frontal para deslizar no gelo e na neve e evitar a perda de velocidade. No fundo, o sistema das motos de neve.
quarta-feira, 30 de março de 2011
Personagem do dia: Sci-Fi
Enquanto linha de brinquedos coleccionáveis, G.I.Joe (The) Action Force traçava-se entre o realismo militar e o futurismo. Se por um lado e para gáudio dos fãs por vezes o realismo militar era 90% da figura ou veículo, por outro vezes haviam em quem os 90% eram oferecidos à vertente futurista e em casos até, de aparente e pura ficção científica.
Melhor exemplo que Sci-Fi não há. Desde o nome (Ficção Científica) a todo o seu uniforme, passando pelo seu armamento, tornou-o assim num dos "patinhos feios" da colecção para muitos. Lançado nos EUA em 1986 escapa assim ileso à acusação de Robocop, que apenas chegaria aos cinemas americanos em 1987. No entanto, há quem diga que os designers da Hasbro podem ter tido acesso a protótipos do "super-polícia" e assim esculpindo a cabeça da figura. Mas são mitos urbanos sem qualquer prova concreta. A Portugal, chegou em 1988 com o 2º catálogo.
Sci-Fi era especializado em infantaria e electrónica, embora armado com uma arma laser que o fazia ao olhos da maior parte de nós, um personagem à parte e que muitas vezes ficava de parte também... hoje (mais de 20 anos depois) sabemos que existiam no arsenal americano desde o final dos anos 60 e cujo poder de destruição é ainda actualmente temível. O equivalente à bomba de hidrogénio das armas convencionais.
Em 1991, Sci-Fi teria nova oportunidade na 10ª séria nos EUA. A Portugal chegaria em 1993. Desta feita, com um uniforme menos extravagante e de cores mais "equilibradas", era já apoiado pela série de TV que entretanto havia estreado em Portugal e fazia de Sci-Fi mais um personagem que se vendia bem melhor. De "simples" militar de infantaria equipado com uma arma laser, Sci-Fi era agora especialista em sistemas de armamento laser e capaz de conduzir ou pilotar vários veículos que a série de 1990 (EUA) dispunha. O que de certo modo leva a concluir que esta figura pudesse estar inicialmente prevista para o ano anterior.
Em 1993 (EUA) Sci-Fi receberia novas cores e integraria o veículo Starfighter da sub-série Star Brigade. Embora disponível em finais de 1994 em Portugal (através da Toys R Us Iberia), só em 1995 chegaria "em força". Do mesmo catálogo de Armor-Bot, este veículo integrava a unidade que fazia frente aos Cobra na batalha lunar.
Embora não seja uma variante reconhecida, é interessante verificar que houveram 3 cores diferentes para o vidro do cockpit deste Starfighter. Um preto quase opaco, cinza e púrpura. O Starfighter foi criado com o molde um veículo Cobra de 1988, o Stellar Stiletto, nunca lançado em Portugal (embora constasse na capa do catálogo de 1990).
E por falar em variantes, façamos referência à Nemesis do Starfighter. Parte da mesma série, o Invader. Este veículo Cobra era também uma reutilização de um antigo molde de veículo Cobra de 1987, o POGO (já este sim, lançado em 1989 em Portugal). Ao contrário da versão lançada em 1993 nos EUA, esta versão "europeia" trazia piloto.
O piloto, era curiosamente um ex-G.I.Joe, Payload. Desconhece-se a razão da sua deserção e há quem diga que não passava de uma missão de infiltração. Esta versão de Payload era baseada numa figura de 1992 (EUA) da sub-série Eco-Warriors.
Aldrabices: À venda no Toys R Us em Portugal desde finais de 1994, havia a sub-série de Star Brigade. Curiosamente, alguns Cobra Invader vinham selados com fita adesiva normal (em contraste com a típica fita usada pela Hasbro - visível na caixa de cima). Dentro das caixas seladas com a fita larga "normal" havia um segredo. Em vez da figura Payload, vinha outra no seu lugar. Estranhamente, uma figura dentro do seu blister e com o cartão dobrado, fazendo a caixa do Invader em questão bastante "inchada". De todos os Invaders que comprei nessa condição, as figuras incluídas eram Star Brigade Ozone ou T.A.R.G.A.T. sendo que nenhum dos dois havia sido alguma vez lançado em Portugal. Para nós podia ser uma boa surpresa, mas para os americanos seria um desgosto, uma vez que procuravam esta versão Europeia em busca de Payload, versão Cobra.
Melhor exemplo que Sci-Fi não há. Desde o nome (Ficção Científica) a todo o seu uniforme, passando pelo seu armamento, tornou-o assim num dos "patinhos feios" da colecção para muitos. Lançado nos EUA em 1986 escapa assim ileso à acusação de Robocop, que apenas chegaria aos cinemas americanos em 1987. No entanto, há quem diga que os designers da Hasbro podem ter tido acesso a protótipos do "super-polícia" e assim esculpindo a cabeça da figura. Mas são mitos urbanos sem qualquer prova concreta. A Portugal, chegou em 1988 com o 2º catálogo.
Sci-Fi era especializado em infantaria e electrónica, embora armado com uma arma laser que o fazia ao olhos da maior parte de nós, um personagem à parte e que muitas vezes ficava de parte também... hoje (mais de 20 anos depois) sabemos que existiam no arsenal americano desde o final dos anos 60 e cujo poder de destruição é ainda actualmente temível. O equivalente à bomba de hidrogénio das armas convencionais.
Em 1991, Sci-Fi teria nova oportunidade na 10ª séria nos EUA. A Portugal chegaria em 1993. Desta feita, com um uniforme menos extravagante e de cores mais "equilibradas", era já apoiado pela série de TV que entretanto havia estreado em Portugal e fazia de Sci-Fi mais um personagem que se vendia bem melhor. De "simples" militar de infantaria equipado com uma arma laser, Sci-Fi era agora especialista em sistemas de armamento laser e capaz de conduzir ou pilotar vários veículos que a série de 1990 (EUA) dispunha. O que de certo modo leva a concluir que esta figura pudesse estar inicialmente prevista para o ano anterior.
Em 1993 (EUA) Sci-Fi receberia novas cores e integraria o veículo Starfighter da sub-série Star Brigade. Embora disponível em finais de 1994 em Portugal (através da Toys R Us Iberia), só em 1995 chegaria "em força". Do mesmo catálogo de Armor-Bot, este veículo integrava a unidade que fazia frente aos Cobra na batalha lunar.
Embora não seja uma variante reconhecida, é interessante verificar que houveram 3 cores diferentes para o vidro do cockpit deste Starfighter. Um preto quase opaco, cinza e púrpura. O Starfighter foi criado com o molde um veículo Cobra de 1988, o Stellar Stiletto, nunca lançado em Portugal (embora constasse na capa do catálogo de 1990).
E por falar em variantes, façamos referência à Nemesis do Starfighter. Parte da mesma série, o Invader. Este veículo Cobra era também uma reutilização de um antigo molde de veículo Cobra de 1987, o POGO (já este sim, lançado em 1989 em Portugal). Ao contrário da versão lançada em 1993 nos EUA, esta versão "europeia" trazia piloto.
O piloto, era curiosamente um ex-G.I.Joe, Payload. Desconhece-se a razão da sua deserção e há quem diga que não passava de uma missão de infiltração. Esta versão de Payload era baseada numa figura de 1992 (EUA) da sub-série Eco-Warriors.
Aldrabices: À venda no Toys R Us em Portugal desde finais de 1994, havia a sub-série de Star Brigade. Curiosamente, alguns Cobra Invader vinham selados com fita adesiva normal (em contraste com a típica fita usada pela Hasbro - visível na caixa de cima). Dentro das caixas seladas com a fita larga "normal" havia um segredo. Em vez da figura Payload, vinha outra no seu lugar. Estranhamente, uma figura dentro do seu blister e com o cartão dobrado, fazendo a caixa do Invader em questão bastante "inchada". De todos os Invaders que comprei nessa condição, as figuras incluídas eram Star Brigade Ozone ou T.A.R.G.A.T. sendo que nenhum dos dois havia sido alguma vez lançado em Portugal. Para nós podia ser uma boa surpresa, mas para os americanos seria um desgosto, uma vez que procuravam esta versão Europeia em busca de Payload, versão Cobra.
domingo, 28 de novembro de 2010
Tropas do deserto
Muito antes dos actuais soldados "Desert Viper" verem a luz do dia, só em 1991 (EUA) os Cobra tiveram os seus primeiros especialistas nas áridas e desérticas zonas arenosas. Os "Escorpiões do Deserto" eram treinados para imitar os animais que lhe davam nome. Segundo os seus ficheiros, ninguém pedia para ser um Desert Scorpion. Cumprir serviço naquelas unidades era um castigo aplicado a um qualquer Viper que não tivesse cumprido a sua missão.
Nessa mesma linha (que chegou a Portugal em 1993) viria também uma segunda versão original de Dusty(com Sandstorm - o seu coiote de estimação), o especialista em operações no deserto dos G.I.Joe. Pelo meio, nos EUA foi lançada uma versão Tiger Force da figura original, mas nunca lançada em Portugal.
A diferença entre a versão que chegou a Portugal com a primeira série "portuguesa" de 1987 (à esquerda) e a de 1993 (à direita) não reflecte bem o caminho que a linha estava a tomar, uma vez que em 1991(EUA) ainda haviam bons exemplos do poder desta marca e os desenhos animados da DIC que iam já para a segunda série, ajudavam a manter a procura, embora com uma quebra acentuada nas vendas. No entanto, entre os dois, é natural que se perceba que a versão original seja mais detalhada e mais "realista". E fazendo parte da série de 1987 (POR), tem certamente um lugar especial nos corações dos coleccionadores portugueses.
Sendo uma rara referência, e tendo acidentalmente sido encontrada, decidi mostrar esta foto comigo (à esquerda) e um amigo meu. Sendo que falamos do Dusty (que tenho na mão direita), pode ver-se também o Storm Shadow, na esquerda. Esta foto é especialmente interessante porque não deixa qualquer dúvida quanto ao contexto temporal. O meu amigo está a jogar "Bomb Jack II" no meu Timex 2048!
Nessa mesma linha (que chegou a Portugal em 1993) viria também uma segunda versão original de Dusty(com Sandstorm - o seu coiote de estimação), o especialista em operações no deserto dos G.I.Joe. Pelo meio, nos EUA foi lançada uma versão Tiger Force da figura original, mas nunca lançada em Portugal.
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Dusty 1985 (esq) and 1991 Dusty & Sandstorm (dta) |
A diferença entre a versão que chegou a Portugal com a primeira série "portuguesa" de 1987 (à esquerda) e a de 1993 (à direita) não reflecte bem o caminho que a linha estava a tomar, uma vez que em 1991(EUA) ainda haviam bons exemplos do poder desta marca e os desenhos animados da DIC que iam já para a segunda série, ajudavam a manter a procura, embora com uma quebra acentuada nas vendas. No entanto, entre os dois, é natural que se perceba que a versão original seja mais detalhada e mais "realista". E fazendo parte da série de 1987 (POR), tem certamente um lugar especial nos corações dos coleccionadores portugueses.
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1987 |
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