quinta-feira, 28 de julho de 2011

FIL Brinca

Onde é hoje o Centro de Congressos de Lisboa, localizava-se a antiga FIL (Feira Internacional de Lisboa), hoje sediada no Parque das Nações. O propósito da FIL prende-se com a exposição de material de vários sectores de produção, venda e revenda. Por vezes com venda directa ao público, outras destinado a apresentação de material para encomenda de retalhistas. Em 1988, tive a oportunidade de visitar a FIL Brinca. Um sonho e uma perdição para qualquer criança ou aficionado por brinquedos. Claro está, o stand da Hasbro deixou-me a sonhar. No seu centro, o helicóptero de transporte e ataque Tomahawk.  


Uma das maiores aeronaves da colecção, e certamente a maior de asa rotativa. Fazendo parte da colecção de 1986 (US) chegaria a Portugal em 1989, embora como havia referido, tivesse estado na FIL em 1988 para gáudio dos presentes.


Embora sem este diorama em particular, cuja imagem foi retirada do catálogo de 1989, a posição em que se encontrava na FIL Brinca 1988 era semelhante. Presa por fios de nylon, a aeronave dominava a cena.


Da camuflagem à sua multifuncionalidade, este helicóptero fazia as delícias de quem tivesse oportunidade de brincar com ele... ou simplesmente apreciar enquanto coleccionador. Fortemente armado e com todas as características de um helicóptero de resgate, pouco (ou nada) faltaria a este Action Force Tomahawk.


O cockpit era bastante detalhado, incluindo até os pedais de ângulo de ataque do rotor de cauda. O cockpit tinha, naturalmente, lugar para 2 figuras.


A secção traseira tinha uma rampa que permitia a entrada e saída de figuras... ou até pequenos veículos, uma vez que os assentos no seu interior eram removíveis, dando assim lugar a uma maior área de carga.


Armamento: Torre de armamento táctico, incluindo um canhão rotativo de 6 canos de 20mm, 6 bombas de queda livre e 2 mísseis ar-terra anti-obstáculo e 2 metralhadoras de calibre 50. 


Tomahawk é um tipo de machado nativo Norte-Americano. Podendo ser atirado a grande distância ou em combate corpo-a-corpo, o nome assenta bem a esta aeronave.  Uma outra característica deste helicóptero era o número de painéis removíveis. Rotores, entradas de ar, tudo zonas de manutenção que se podiam aceder ao remover painéis. Basicamente algo a que a Hasbro nos havia habituado nesta colecção.


Área de transporte com capacidade para 6 figuras. De cada lado, uma metralhadora com sistema de visão nocturna para fazer cobertura quando o helicóptero chegasse à zona de aterragem para resgate ou colocação de homens no terreno. A lembrar os muitos filmes de guerra que nos anos 80 faziam parte do menu de preferência dos fãs de G.I.Joe.


Incluído com o Tomahawk, o seu piloto, Lift-Ticket. Especialista em aeronaves de asa rotativa, tinha como especialidade secundária aeronaves de asa fixa. Tendo entrado para o exército para fugir à vida quotidiana da terra onde vivia, acabando por impressionar toda a gente com as suas altas notas nos testes de admissão. Já como parte dos G.I.Joe é caracterizando como sendo apto, persistente, sortudo... e quase à prova de bala!


Embora fizesse parte da figura, o microfone nem sempre vinha incluído. Casos houve em que o microfone vinha incluído, e a figura não trazia orifício onde encaixar o acessório. Estranhas variações que não fazem parte do conhecimento de muitos coleccionadores. Detalhes, que no fundo não riscam a imagem do fantástico helicóptero que a figura pilotava. Um dos meus veículos preferidos e um pequeno "monstro".

 

 

domingo, 17 de julho de 2011

Moreia

Um dos mais espectaculares veículos da colecção foi posto à venda em 1985 (US) e foi outra das armas Cobra a ser lançada em Portugal na série de 1987. A Moreia, equipado com um hidrofólio que aliás, lhe dá o seu "outro" nome.


Cobra Hydrofoil - (Moray). Carregado de armamento e detalhes realistas, esta embarcação não tinha rival (em Portugal).


Com capacidade para 9 ocupantes, vinha apetrechado com tudo o que um entusiasta naval pudesse sonhar. Torpedos, mísseis, canhões, torre anti-aérea, cargas de profundidade... e claro, o hidrofólio.


Nada foi deixado ao acaso, e este veículo continua a ser um dos melhores brinquedos de sempre. Da escolha de cores às funcionalidades, do tamanho ao design, é sem dúvida alguma, outra das muitas razões que fazem desta colecção um raro caso de persistência na continuidade... um clássico!


Com e sem hidrofólio activado. Os próprios autocolantes são absolutamente "na mouche". Este veículo esteve presente em toda a minha vida de coleccionador, se considerar que tal me tornei desde o momento em que adquiri a 1ª figura em 1987. Vários eram os amigos e colegas de escola que tinham esta embarcação, e que desde sempre me fascinou.


Para activar a estrutura, é empurrado um gatilho situado na parte de trás da embarcação. Puxando, volta a encaixar no casco. Na imagem, também é possível observar as portas de exaustão submersas.


As vigias/ escotilhas em frente da cabine abrem, podendo ser encaixadas duas figuras (uma para cada vigia, naturalmente). A função dos ocupantes destas posições não é clara, podendo eventualmente ser de artilheiros dos grandes canhões de assalto costeiro de 55mm. A torre de defesa anti-aérea, com capacidade giratória de 360º está equipada com um canhão de duplo cano de 23mm.


A cabine é uma pequena maravilha de detalhes. Das texturas de toda a cabine à rotação das cadeiras, passando pela própria posição em que ficam as figuras fechando uma pequena análise com os ângulos com que foi desenhado, vale a pena apreciar.


Mecanismo de abertura dos mísseis ar-mar. Na sua frente, a conduta de arrefecimento do sistema.


Na traseira (popa) existem 2 caixas com 2 cargas de profundidade cada. Na imagem pode também ser observado o motor V12 com os tubos de exaustão do turbo. Esta zona, tem também 4 posições de defesa com 4 metralhadoras de calibre 30. No chão, tem 2 painéis amovíveis que servem para guardar armamento ligeiro.


Como qualquer embarcação de ataque, esta "moreia" vem equipada com 2 torpedos de superfície de lançamento angular. Quanto a armamento destinado a combate com a superfície, também é equipado com 2 mísseis (amarelos) de baixo voo.


Incluído, o piloto - Lamprey. Piloto de hydrofoil, tem como especialidade secundária, homem-rã. Altamente treinados, para serem aceites no programa, tropas Cobra terão de ter estado a servir como homens-rã pelo menos um ano. Estima-se que, mesmo após rigorosa selecção, apenas 50% terminem o curso.


Como grande parte da colecção (veículos ou figuras), a fragilidade nunca se pode separar do detalhe. Não há como contornar este facto, a menos que se procurem peças em diamante, claro. Dos 4 "Moray" que estão actualmente na minha colecção, 2 precisaram já de "arranjo". Os danos mais comuns são nos canhões laterais e metralhadoras de popa. Usando material da mesma natureza, posso dizer que os danos ficaram quase senão mesmo totalmente imperceptíveis.