terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Liderança

Quando Action Force surgiu em Portugal no ano de 1987, os Cobra não tinham um líder. Melhor dizendo, nenhum que se soubesse como tal. Fosse pelos catálogos, anúncios ou mesmo fichas das figuras. Em termos de hierarquia, o mais parecido era Destro, fabricante/ fornecedor de armas, terrorista e brilhante estratega.

 
Face da M.A.R.S. (sistema de desenvolvimento de armamentos militares), é um devoto à guerra. É o seu negócio, e é por isso que odeia os G.I.Joe, embora os respeite enquanto unidade militar de elevada capacidade cuja direcção pacífica os torna inimigo natural de Destro. Geralmente aliado aos Cobra, sendo o seu maior fornecedor de armamento, poderia entrar em conflito com eles caso beneficiasse o negócio. Esta figura, original da 2ª série nos EUA (1983) chegaria a Portugal com a 1ª vaga de figuras em 1987. O cromado é difícil de manter, mas quando conseguido... é uma figura impressionate na sua simplicidade.     


Em 1988 nos EUA (1990 em Portugal) seria revelado o verdadeiro nome de Destro e algo mais acerca do seu passado. James McCullen era escocês, e a origem da sua máscara prendia-se com uma punição durante a guerra civil Inglesa a um dos seus antepassados por ter vendido armas a ambos os lados. Desde então, a máscara tornou-se um símbolo do clã e seria usada com orgulho.


O Comandante Cobra... finalmente chegaria a Portugal em 1989! Era a 3ª versão original da figura, sendo que as 2 anteriores nunca chegariam a ser comercializadas em solo Português. Na sua versão "armadura de combate" ficaria conhecido uns anos mais tarde quando a TV portuguesa começou a transmitir episódios da série animada. A figura, sendo lançada sensivelmente 2 anos antes dessas transmissões, não foi recebida com grande entusiasmo, uma vez que além de ter um aspecto estranhamente futurista, contava também com um duvidoso design e esquema de cores. Claro que com a sua "revelação" enquanto líder dos poderosos Cobra, passou a usufruir do estatuto!

 
A armadura fora desenvolvida pela empresa de Destro, M.A.R.S., e o elevado custo só podia ser comparável à capacidade de resistência do resultado final. Na sua ficha, Cobra Commander é retratado como um líder que acompanha as suas tropas na ponta da lança e que além de não ter escrúpulos, era um fanático obcecado pela conquista do mundo e dos seus recursos. "O mais perigoso homem vivo!"... na série de desenhos animados (especialmente na que rodou nos EUA) era mostrado como um cobarde embora perigoso pelo ódio que mostrava por todos os que se mostrassem descontentes com os seus planos. Nas bandas desenhadas era posto como brilhante conhecedor das paixões alheias e com elas jogava para obter resultados favoráveis às suas campanhas.   

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Espionagem

"O Mudfighter é o mais sofisticado avião conhecido pelo Homem". - Destro in "Operação Dragão de Fogo" (DIC entertainment studios).


Este caça-bombardeiro altamente sofisticado foi alvo de espionagem na 1ª série que a DIC produziu para a Hasbro quando substituiu a Sunbow/Marvel. Operation Dragonfire foi uma mini-série de 5 episódios de 20 minutos que fizeram a transição dos Joes para novos seguidores. E a 1ª a passar na televisão portuguesa em 1991. 


Original de 1989 nos EUA, chegaria às prateleiras em Portugal no ano de 1991. A maior diferença para o original americano era a cor das bombas. Na maior parte da Europa, azuis. Nos EUA, cinza metalizado. Trazia o piloto, "Dogfight" que tinha um aspecto de piloto de bombardeiro da segunda guerra mundial.


 Embora a série de 1989 tenha inúmeros pontos altos, este Mudfighter podia ter sido bem melhor. A maior parte dos detalhes são incorporados nos molde do corpo principal do veículo (como as Gatling guns no queixo), o trem de aterragem é fixo, entre outros detalhes que "o mais sofisticado" poderia não ter. Mas tem outros pontos altos como o design futurista e o conceito de propulsão, etc...


Scoop, o agente Cobra que se tornou G.I.Joe (já Mercer o tinha feito antes em 1987). O caminho deste foi no entanto, bem mais complicado. A sua missão como Crimson Guard tinha como objectivo a incorporação na equipa dos Joes. Para isso, contou com a oportunidade ao salvar um agente e cair nas boas graças do Sgt-Slaughter ganhando assim o uniforme. A sua missão então começou. Gravar tudo o que podia, incluindo detalhes técnicos do Mudfighter.


Esta foi outra figura esculpida com base numa pessoa real, assim como a sua ficha de combate. Scoop era o nome de código de Leonard Michaels, um repórter de TV. Na vida real, Michael "Mike" Leonard é um jornalista da NBC. E teve o privilégio de se ver imortalizado como figura de acção. Começou como agente Cobra, infiltrou-se nos G.I.Joe, e finalmente depois de desmascarado e aprisionado, acabou por ajudar os Joes a vencer a batalha, limpando assim o seu nome.


Low-Light foi o Joe que nunca gostou da ideia de Scoop ser aceite na equipa e acabou por encontrar provas da sua traição. Esta versão de Low-Light (a 2ª nos EUA) foi a única figura dos Slaughter´s Marauders à venda em Portugal. Esta "nova" equipa do Sgt. Slaughter era facilmente identificável pela cor e foi criada para ofensivas rápidas. Lamentavelmente, das 6 figuras e 3 veículos de camuflagem única... apenas Low-Light chegou ao território português em 1991 (lançado em 1989 nos EUA).


Um dos poucos aliados que Scoop teve quando contou a sua versão dos acontecimentos para ter ingressado nos Cobra foi Stalker, que acreditando no potencial deste novo Joe, permitiu que escapasse para que pudesse limpar o seu registo. Stalker foi um dos originais Joes de 1982 (embora noutra versão). Esta foi a 2ª versão que data originalmente de 1989 (EUA) e chegou a Portugal em 1991. Esta série de figuras tinha uma notável característica no que tocava a acessórios. E Stalker é o exemplo perfeito. Cada figura trazia um arsenal em vez de uma arma. Claro que havia excepções, mas essa era a regra.


Rock ´N Roll era outro membro da equipa original de 1982 e que aqui (na sua 2ª versão -1989 EUA) vemos como outro exemplo de armamento. Não tendo uma acção directa na fuga de Scoop, não o perseguiu com intento, dando algum crédito ao ex-Cobra.   


O contacto de Scoop era um Alley-Viper recentemente promovido dos corpos da Crimson Guard. Os Alley-Vipers são as tropas de combate urbano dos Cobra. E uma das unidades de elite. Como figura, uma das mais apreciadas pelos coleccionadores. Também originalmente da série 8 nos EUA, chegaria a Portugal em 1991 para gáudio dos fãs da série de TV. Esta mini-série deu um novo empurrão às vendas em Portugal e permitiu aos novos fãs um conhecimento desta notável colecção que infelizmente e a partir daí, viria a cair em qualidade até ao esquecimento. Felizmente para muitos, temos boa memória!

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Espinha dorsal dos Cobra

Víboras. Nomenclatura dada à infantaria dos Cobra. Podendo acrescentar uma especialidade a essa referência, são os Viper os primeiros oponentes a qualquer investida G.I.Joe.


Claro que existe um numeroso tipo de tropas como as já referenciadas Crimson Guard ou mesmo os Cobra Troopers, no entanto, os Vipers são a base de todo o músculo ofensivo e defensivo dos Cobra.


Todo o Viper é equipado com uma arma automática com lança-granadas e capacidade de tiro furtivo. O seu equipamento de protecção inclui um capacete com capacidade de comunicação via rádio e é protegido por armadura de corpo. Um oponente de respeito.E é só a base da pirâmide.


Treinados e equipados de forma soberba, são altamente motivados pela perspectiva de progressão na carreira e retornos materiais do esforço que aplicam nos confrontos com o inimigo.


Inicialmente lançados nos EUA em 1986, chegariam a Portugal dois anos depois naquela que seria a 2ª série "portuguesa". Por muitos considerado uma das melhores figuras de sempre, de certo modo capta todo o espírito da facção que defendem desde as cores, o look profissional e ameaçador, e o pormenor da máscara facial (inicialmente pensado para ser cromado) é simplesmente brilhante.

Diorama: Star Wars Detention Block

domingo, 12 de dezembro de 2010

Presas de Cobra

Outro dos veículos que entrava no 1º anúncio de TV em Portugal em 1987, era o Cobra F.A.N.G. Inclusivamente, pode até dizer-se que foi o 1º veículo a aparecer, sendo que o anúncio começava com uma esquadra destes helicópteros a aparecer como ameaça a um posto Action Force (G.I.Joe). Em 1991, chegaria a versão II deste F.A.N.G., acrónimo para Fully Armed Negator Gyrocopter.


Entre os dois existia uma enorme diferença que ao mesmo tempo serve uma vez mais de exemplo do que era, de facto, a marca. Realismo moderno (F.A.N.G.) e design futurista (F.A.N.G.II).

 
Originalmente parte da série 2 lançada em 1983 nos EUA, chegaria a Portugal como referido, em 1987. No entanto, eram importados da Rep. da Irlanda com referência de fabrico em 1986. Sendo que os veículos em si vinham datados de 1983, é possível que o fabrico se referisse apenas à embalagem (Action Force).


O Cobra F.A.N.G. é um dos mais mediáticos veículos da linha, tendo "servido de base" para o desenho de versões semelhantes de empresas como a Chap Mei e Lanard.Armado com 4 rockets, uma bomba e um canhão frontal, era uma pequena plataforma de miséria para os Action Force (G.I.Joe). Além do piloto, podia transportar mais 2 figuras nos esquis do trem de pouso.


O "MkII" do F.A.N.G. chegaria a Portugal em 1991, tendo sido lançado em 1989 nos EUA. Era uma aeronave de "tiltrotor", ou seja, os motores eram dirigidos num ângulo de 180º de modo a permitirem uma aterragem e levantamento vertical (VTOL). Mais bem armado que o seu antecessor, possuía além do canhão laser no nariz, 6 mísseis. Teve os seus segundos de fama na TV na mini-série da DIC "Operation Dragonfire" que foi a primeira série de desenhos animados de G.I.Joe a passar em Portugal.


Com o emblema dos corpos aéreos dos Cobra (asas ao lado da Cobra), tinha o habitual esquema de cores, um design arrojado, embora criticado por muitos. Não deixava de ser um veículo interessante, e sendo que foi pilotado pelo Serpentor no referido episódio da DIC, ganhava para mim, um carisma diferente. Nunca o encontrei à venda em Portugal e acabei por comprá-lo muitos anos mais tarde pela internet. Os rotores, sendo apoiados numa haste, rapidamente rodavam descontroladamente uma vez que diminuía a tensão entre as 2 partes que compunham a asa, ou plataforma dos rotores com o passar do tempo.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Mochilas Motorizadas

Em 1987 nos EUA, foram lançados os "Motorized Action Packs", que curiosamente viriam a ser lançados em Portugal no ano seguinte, 1988. Uma raridade de acontecimento, sendo que o "gap" temporal era geralmente de 2 anos senão mais. Mas chegaram mais cedo e ninguém se queixou...


Estas "mochilas" são consideradas veículos/ estações de combate, sendo que podendo ser transportadas por encaixe nas costas das figuras, têm geralmente uma 2ª disposição ou forma de uso. Dotadas de motor de corda, são frágeis no seu mecanismo, e geralmente perdem a sua funcionalidade com o passar do tempo. Cheguei a ter motores que não funcionavam em packs acabados de tirar da embalagem.


 "Mochilas Motorizadas de Batalha" dos Joes: Radar Station (a corda é dada no prato do radar e quando activado, roda assim como o ecrã vermelho), Rope Walker (interessante a forma como as armas da figura podiam ser encaixadas em "clips" do próprio pack, movia-se por meio de uma corda), Helicopter (as lâminas eram bastante frágeis), Anti-Aircraft Gun, com uma mira que se perdia com facilidade, movia-se de um lado para o outro.


"Mochilas Motorizadas de Batalha" dos Cobra. Rope Crosser, que era uma variante da versão dos Joes, tinha um dispositivo diferente, uma vez que a corda atravessava duas rodas enquanto o Rope Walker tinha umas "garras" que se movimentando alternadamente, faziam o pack mover-se. Earth Borer, uma "toupeira" para instalar e detonar bombas, Pom-Pom Gun, uma arma anti-aérea com canhões que "disparavam" alternadamente e finalmente o Mountain Climber que uma vez segurado o gancho, puxava o veículo assim como a figura que o pilotava.  

Nesta altura, este tipo de motorização era muito utilizado em brinquedos e várias marcas de renome fizeram desta "mecânica de movimento" uma larga parte do seu sucesso, como era o caso dos Zoids, e penso que era interessante no sentido em que é demonstrativo e simbólico da época. Recordo-me de ser diversão experimentar pôr os packs que transportavam figuras a subir tudo e mais alguma coisa.

Preço no Pão de Açúcar (Jumbo/hoje Auchan): 675$ (escudo)

domingo, 28 de novembro de 2010

Tropas do deserto

Muito antes dos actuais soldados "Desert Viper" verem a luz do dia, só em 1991 (EUA) os Cobra tiveram os seus primeiros especialistas nas áridas e desérticas zonas arenosas. Os "Escorpiões do Deserto" eram treinados para imitar os animais que lhe davam nome. Segundo os seus ficheiros, ninguém pedia para ser um Desert Scorpion. Cumprir serviço naquelas unidades era um castigo aplicado a um qualquer Viper que não tivesse cumprido a sua missão.


Nessa mesma linha (que chegou a Portugal em 1993) viria também uma segunda versão original de Dusty(com Sandstorm - o seu coiote de estimação), o especialista em operações no deserto dos G.I.Joe. Pelo meio, nos EUA foi lançada uma versão Tiger Force da figura original, mas nunca  lançada em Portugal.

Dusty 1985 (esq) and 1991 Dusty & Sandstorm (dta)

A diferença entre a versão que chegou a Portugal com a primeira série "portuguesa" de 1987 (à esquerda) e a de 1993 (à direita) não reflecte bem o caminho que a linha estava a tomar, uma vez que em 1991(EUA) ainda haviam bons exemplos do poder desta marca e os desenhos animados da DIC que iam já para a segunda série, ajudavam a manter a procura, embora com uma quebra acentuada nas vendas. No entanto, entre os dois, é natural que se perceba que a versão original seja mais detalhada e mais "realista". E fazendo parte da série de 1987 (POR), tem certamente um lugar especial nos corações dos coleccionadores portugueses. 

1987
Sendo uma rara referência, e tendo acidentalmente sido encontrada, decidi mostrar esta foto comigo (à esquerda) e um amigo meu.  Sendo que falamos do Dusty (que tenho na mão direita), pode ver-se também o Storm Shadow, na esquerda. Esta foto é especialmente interessante porque não deixa qualquer dúvida quanto ao contexto temporal. O meu amigo está a jogar "Bomb Jack II" no meu Timex 2048!

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Bisnagas aéreas

Em 1994, dando seguimento à transformação da melhor colecção de figuras de acção em algo banal, chegava a Portugal mais uma novidade da linha: A bisnaga de água aérea!


Usando como plataformas modelos de aeronaves com silhuetas conhecidas e deixando para trás a complexidade na construção dos veículos que tinha tornado esta colecção única, estas bisnagas de água eram mais um passo a caminho do precipício.


No caso do Storm Eagle, o então novíssimo YF22 (que viria a ser o F22 Raptor) era uma mescla de coisas que não combinam. Os autocolantes que não sendo já feitos de vinyl e sendo fabricados em papel autocolante, extremamente frágeis à água... neste caso era uma opção no mínimo duvidosa na competência.


O Cobra Liquidator a usar linhas do Saab Drakken,  era de facto um desenho que havia sido deixado na gaveta há muitos anos. As suas linhas tinham sido usadas tantos nos desenhos animados da Marvel/ Sunbow (que nunca rodaram em Portugal - pelos meios oficiais) como pelas bandas desenhadas também da Marvel. Era uma das silhuetas "inimigas" mais conhecidas dos "Joes".


Ambos os veículos partilhavam várias partes, como é visível na imagem acima. Mais uma vantagem para o fabricante e menos uma razão de interesse para o coleccionador. A linha estava cada vez mais a moldar-se ao mercado quando até aí era quase o contrário. Foi uma altura triste, porque o fim se adivinhava cada vez mais próximo.


Modo de "pistola de água". A água era inserida retirando a válvula amarela na base do punho e saía em pressão pelo orifício visível no nariz da aeronave. Aqui vemos o Liquidator, mas como puderam observar antes, o Storm Eagle era igual. Funcionava bem, mas para não danificar os autocolantes, apenas experimentei um deles e apenas uma vez.


Originalmente lançados em 1992 nos EUA, estes ATF (Advanced Tactical Fighter) pertenciam à série 11 e o detalhe era existente apenas em molde. Os "cockpits" eram o mais simples possível e nem instrumentos traziam. Os trens de aterragem embora funcionais, eram uma sombra muito negra do passado e tudo o resto acompanhava no mesmo sentido. Eram bons para estarem quietos. Comprei os meus em Algés, numa loja que estava a fechar e mesmo assim, tive de largar 4.000 escudos por cada um (cerca de 20€). Demasiado para o que valiam. Lembro-me que nessa altura passava tardes a telefonar para as lojas de brinquedos da zona da Grande Lisboa a perguntar: "Tem alguma coisa de G.I.Joe?". Por isso desculpem-me aqueles que foram procurar em anos que se tenham seguido... porque eu limpava tudo o que encontrava. Mesmo contrariado com a injustiça dos preços na maior parte das vezes.  

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Paralelismo

Em 1988 era lançado o 2º catálogo em Portugal. Neste, faria parte o Polar Battle Bear (Skimobile) que curiosamente fazia também parte da 2ª série original norte-americana. A diferença é que nos EUA foi lançado em 1983 e em Portugal em 1988. 


Na imagem estão "estacionadas" as duas versões. Action Force, a versão que chegou em 1988, e a versão original G.I.Joe. Como todos os veículos desta coloração, extremamente frágeis e sensíveis ao calor e exposição ao sol.


Era um dos veículos mais comuns entre entusiastas. Era muito fácil de encontrar, e o preço era convidativo. Difícil é encontrar actualmente um Skimobile em perfeito estado de cor. Os cantos e curvas ficam rapidamente amarelados. O meu 1º Polar Bear foi comprado em 2ª mão e não trazia apoio para as figuras que fossem atrás (o veículo transporta 3) e vinha sem os canhões e mísseis (fáceis de perder).


A mecânica era típica de brinquedos dos anos 80: funcional e realista. Os canhões moviam-se de um lado para outro por meio de uma "patilha", e os "skis" eram independentes desse movimento, podendo assim disparar para um lado e mover o veículo para outro.


Um skimobile do meu "cemitério", ou oficina para futura "customização".  Exemplo do que referia acima. Deixar um veículo destes ao sol uma semana ou outra é o suficiente para obter este resultado...  

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Escondam a prata!

Com a série que estreou em Portugal (1987), chegaram dois dos principais líderes dentro dos Cobra. Já aqui os referi, mas hoje com um deles, exploramos mais um pouco do mundo dos "Dreadnoks".


Os Dreadnoks eram uma facção que era leal aos Cobra por defeito, ou seja em comparação aos G.I.Joe. Eram um grupo com deliberado asco à autoridade e como os Cobra pagavam e bem, a aliança mantinha-se em termos que ambas as partes entendiam.


O líder era Zartan, um mestre do disfarce. Uma figura original de 1984 nos EUA, chegou a Portugal com a 1ª série, em 1987. Vinha como piloto do "Camaleão", um esquife a jacto que usava para percorrer os pântanos que rodeavam a sua base. Tanto o veículo como parte da figura eram feitos de um plástico sensível à luz solar e que voltava à cor original quando em contacto com frio.


Na sua mochila, trazia uma face que se encaixava no capuz da figura, mostrando assim a mestria do personagem. Esta é das poucas figuras que não traz parafuso nas costas e como tal, quase impossível de reparar quando danificada. O meu 1º Zartan ficou decapitado numa queda aparatosa e nunca mais foi o mesmo! os painéis transparentes que vêem no peito e pernas são removíveis e traziam autocolantes que eram também eles sensíveis à luz solar.


Com a 1ª série em Portugal, viriam também dois dos mais carismáticos personagens dos "Dreadnoks" (ou terroristas, como foi aparentemente traduzido em Portugal pelos entusiastas da linha). Ripper e Buzzer eram o duo de comédia indispensável em qualquer série, filme ou BD. Não eram mostrados como muito inteligentes, embora na sua ficha original eram ambos tidos como brutais e competentes. Buzzer inclusivamente teria sido investigador de sociologia que ficou agarrado ao fenómeno dos gangs


No ano que se seguiu (em Portugal) chegariam os irmãos de Zartan. Zarana, uma assassina profissional, e Zandar, batedor. Tal como o irmão, ambos mestres do disfarce e foto-sensíveis. Como figuras, também mudam de cor. O meu 1º Zandar foi comprado a um rapaz que era norte-americano e a 1ª Zarana que esteve nas minhas mãos, pertencia a um rapaz sul-africano. Bastante internacional! Resta referir que os irmãos de Zartan pertenciam à série 5 (1986 EUA).


No mesmo ano de 1988, a Portugal chegaria também outro terrorista. Recém chegado aos grupo por meio de "casting", Monkeywrench seria a par de Thrasher outro elemento de competente loucura no gang. Obviamente fã de explosões, acabou por dar muito jeito como perito em explosivos e demolições. O meu 1º Monkeywrench foi comprado no Jumbo por 595 escudos (cerca de 3€) e vinha defeituoso. Para lá de reparação. Sendo que era o único, acabei por não ter outro remédio senão habituar-me à sua "deficiência" que advinha de uma falha de construção que tornava a sua cabeça constantemente solta.

sábado, 30 de outubro de 2010

BF 2000 - A força do futuro

A "Força de Batalha 2000" era outra das grandes novidades no catálogo de 1987 nos EUA. No entanto em Portugal, com a sua chegada em 1989 não havia qualquer referência a essa força futurista.

BF 2000

A única referência oficial em Portugal a esta BF2000 foi já aqui anotada quando falei no Pulverizer. Todas as figuras estiveram disponíveis, mas não os veículos que conduziam/ pilotavam. O conceito era interessante: "Fortaleza do Futuro". Todos os veículos se juntavam e encaixavam para formar uma única base de combate. É preciso não esquecer que a Hasbro tinham G.I.Joe e Transformers como os seus "filhos" preferidos. Por vezes, havia uma permuta de ideias entre as duas linhas. 

Dodger, Knockdown e Blocker

Aos meus olhos, era um estranho avanço militar, mas comprei-os todos na mesma. Mesmo sendo de outra "era", estas figuras eram de alta qualidade e mantinham detalhes que as tornavam indubitavelmente "Joes". Os comunicadores, os capacetes... os camuflados. Excelente.

Maverick, Blaster e Avalanche

Na ausência do conhecimento do conceito "BF2000" cabia aos portugueses imaginar e atribuir uma função nos seus exércitos a cada um destes operacionais. Avalanche era para muitos (dado o nome e esquema do camuflado) um companheiro e especialista em terras de baixas temperaturas. Maverick era piloto e dei-lhe a ele a árdua tarefa de pilotar o meu customizado Cobra ATV. Nos intervalos da escola, o pobre desgraçado descia os morros a grande velocidade enquanto um dos meus colegas e amigos tentava agarrá-lo antes de uma queda fatal.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Falcões e aves de rapina

A série de 1987 nos EUA foi uma das mais aclamadas. Em Portugal, sendo a 3ª, e chegando em 1989, era apenas a continuação de um sucesso crescente. Vou ter oportunidade de vos mostrar muitas das razões (senão mesmo todas) que fizeram desta série uma "vencedora".


"Falcon", Bóina Verde, foi um dos personagens mais bem conseguidos de sempre. De camuflado e com uma shotgun calibre 12, era o sonho de brinquedo para os amantes dos filmes de Chuck Norris, Stallone, Schwarzennegger, etc. O Falcon era um "duro" na sua génese enquanto personagem/ brinquedo. Quando passou ao grande ecrã, passou a mulherengo e irresponsável. Tinha uma relação amorosa com Jinx. Esta era uma das minha figuras favoritas. Quando a série foi lançada em Portugal, foi uma das primeiras 5 que comprei.    


Confundido por muitos como Falcon, o personagem que aqui vêem é Raptor, o treinador de falcões e outras aves de rapina dos Cobra. Como indivíduo, vestia literalmente a personagem, e sendo entusiasta da falcoaria, acabou quase por se tornar num dos animais que treinava, ao partilhar os seus hábitos e locais de descanso - gaiola. Como figura, trazia uma capa de pano como mochila que simulava umas asas e um capacete em forma de cabeça de falcão e que não podia ser removido. Recordo-me de ter visto esta figura anos antes de ser lançada em Portugal nas mãos de um rapaz vizinho de um meu amigo. Achei um pouco fantasiada, mas sem dúvida que o quis na minha colecção. Outro que veio no mesmo lote do acima mencionado Falcon.  2 aves de rapina no mesmo dia!

sábado, 23 de outubro de 2010

Despiste e acidente quase fatal

Em 1995 era lançada nos EUA a nova imagem dos G.I.Joe. Um regresso às origens do contexto temporal dos bonecos de 30cm em versão de 5 polegadas. E uma das séries de má memória para os coleccionadores e entusiastas de G.I.Joe.


Chegando a Portugal apenas um ano mais tarde pela "mão" do recém aberto Toys R Us como "restos" vindos de Espanha, estaria oficialmente em lojas de brinquedos no ano seguinte, 1997.


O veículo mais visto, a certa altura quase oferecido, era o Grizzly SS-1, uma espécie de willys jeep. No ano de 1997 muitas lojas tinham 8 das 16 figuras da série que nesse ano viria a ser cancelada. Nunca recebemos em Portugal a 2ª e última série.


Superior em qualidade era o P-40 Warhawk, um avião com linhas do verdadeiro Curtiss P-40 e com um gigantesco canhão gatling debaixo do nariz e que ao premir um botão na fuselagem rodava ao mesmo tempo que a hélice, acendendo uma luz que simulava o lume da saída dos projécteis. Bastante engraçado, embora muito estranho considerando o historial da linha.


As figuras tinham qualidade de imagem, mas as articulações eram uma sombra da qualidade dos predecessores. Usavam algumas armas e acessórios de antigas séries.São interessantes, mas em comparação com as figuras que nos chegaram de 1987 a 1995... eram totalmente diferentes. 


A principal razão do insucesso era a lógica incompatibilidade entre figuras. Apenas o P-40 podia ser usado com as figuras de 3 3/4". Embora mais tarde o jeep tenha sido pintado e usado por outra companhia que detinha direitos legais para o fazer e algures no oriente apareceram versões vermelhas dos SS-1.