sábado, 30 de outubro de 2010

BF 2000 - A força do futuro

A "Força de Batalha 2000" era outra das grandes novidades no catálogo de 1987 nos EUA. No entanto em Portugal, com a sua chegada em 1989 não havia qualquer referência a essa força futurista.

BF 2000

A única referência oficial em Portugal a esta BF2000 foi já aqui anotada quando falei no Pulverizer. Todas as figuras estiveram disponíveis, mas não os veículos que conduziam/ pilotavam. O conceito era interessante: "Fortaleza do Futuro". Todos os veículos se juntavam e encaixavam para formar uma única base de combate. É preciso não esquecer que a Hasbro tinham G.I.Joe e Transformers como os seus "filhos" preferidos. Por vezes, havia uma permuta de ideias entre as duas linhas. 

Dodger, Knockdown e Blocker

Aos meus olhos, era um estranho avanço militar, mas comprei-os todos na mesma. Mesmo sendo de outra "era", estas figuras eram de alta qualidade e mantinham detalhes que as tornavam indubitavelmente "Joes". Os comunicadores, os capacetes... os camuflados. Excelente.

Maverick, Blaster e Avalanche

Na ausência do conhecimento do conceito "BF2000" cabia aos portugueses imaginar e atribuir uma função nos seus exércitos a cada um destes operacionais. Avalanche era para muitos (dado o nome e esquema do camuflado) um companheiro e especialista em terras de baixas temperaturas. Maverick era piloto e dei-lhe a ele a árdua tarefa de pilotar o meu customizado Cobra ATV. Nos intervalos da escola, o pobre desgraçado descia os morros a grande velocidade enquanto um dos meus colegas e amigos tentava agarrá-lo antes de uma queda fatal.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Falcões e aves de rapina

A série de 1987 nos EUA foi uma das mais aclamadas. Em Portugal, sendo a 3ª, e chegando em 1989, era apenas a continuação de um sucesso crescente. Vou ter oportunidade de vos mostrar muitas das razões (senão mesmo todas) que fizeram desta série uma "vencedora".


"Falcon", Bóina Verde, foi um dos personagens mais bem conseguidos de sempre. De camuflado e com uma shotgun calibre 12, era o sonho de brinquedo para os amantes dos filmes de Chuck Norris, Stallone, Schwarzennegger, etc. O Falcon era um "duro" na sua génese enquanto personagem/ brinquedo. Quando passou ao grande ecrã, passou a mulherengo e irresponsável. Tinha uma relação amorosa com Jinx. Esta era uma das minha figuras favoritas. Quando a série foi lançada em Portugal, foi uma das primeiras 5 que comprei.    


Confundido por muitos como Falcon, o personagem que aqui vêem é Raptor, o treinador de falcões e outras aves de rapina dos Cobra. Como indivíduo, vestia literalmente a personagem, e sendo entusiasta da falcoaria, acabou quase por se tornar num dos animais que treinava, ao partilhar os seus hábitos e locais de descanso - gaiola. Como figura, trazia uma capa de pano como mochila que simulava umas asas e um capacete em forma de cabeça de falcão e que não podia ser removido. Recordo-me de ter visto esta figura anos antes de ser lançada em Portugal nas mãos de um rapaz vizinho de um meu amigo. Achei um pouco fantasiada, mas sem dúvida que o quis na minha colecção. Outro que veio no mesmo lote do acima mencionado Falcon.  2 aves de rapina no mesmo dia!

sábado, 23 de outubro de 2010

Despiste e acidente quase fatal

Em 1995 era lançada nos EUA a nova imagem dos G.I.Joe. Um regresso às origens do contexto temporal dos bonecos de 30cm em versão de 5 polegadas. E uma das séries de má memória para os coleccionadores e entusiastas de G.I.Joe.


Chegando a Portugal apenas um ano mais tarde pela "mão" do recém aberto Toys R Us como "restos" vindos de Espanha, estaria oficialmente em lojas de brinquedos no ano seguinte, 1997.


O veículo mais visto, a certa altura quase oferecido, era o Grizzly SS-1, uma espécie de willys jeep. No ano de 1997 muitas lojas tinham 8 das 16 figuras da série que nesse ano viria a ser cancelada. Nunca recebemos em Portugal a 2ª e última série.


Superior em qualidade era o P-40 Warhawk, um avião com linhas do verdadeiro Curtiss P-40 e com um gigantesco canhão gatling debaixo do nariz e que ao premir um botão na fuselagem rodava ao mesmo tempo que a hélice, acendendo uma luz que simulava o lume da saída dos projécteis. Bastante engraçado, embora muito estranho considerando o historial da linha.


As figuras tinham qualidade de imagem, mas as articulações eram uma sombra da qualidade dos predecessores. Usavam algumas armas e acessórios de antigas séries.São interessantes, mas em comparação com as figuras que nos chegaram de 1987 a 1995... eram totalmente diferentes. 


A principal razão do insucesso era a lógica incompatibilidade entre figuras. Apenas o P-40 podia ser usado com as figuras de 3 3/4". Embora mais tarde o jeep tenha sido pintado e usado por outra companhia que detinha direitos legais para o fazer e algures no oriente apareceram versões vermelhas dos SS-1.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Finalmente na TV

1991. Estreava finalmente na televisão portuguesa G.I.Joe, heróis internacionais. Este acontecimento veio com alguma naturalidade impulsionar ainda mais a marca que vivia (ainda) anos de saúde na Europa.


Um dos personagens que mais se destacou desde o 1º momento foi o caçador furtivo dos Cobra, Gnawgahyde. Bom, dos Cobra no sentido em que estava deliberadamente ao seu serviço, embora fosse da facção "Dreadnok" cujos elementos não estavam muito certos quanto à sua lealdade. Na primeira série a passar em Portugal, "Operation Dragonfire", mudava de facção de acordo com os seus interesses, e muitas vezes sem saber bem porquê.


A série que chegou a Portugal em 1991 a ter apoio dos desenhos animados da DIC, era a original de 1989. E foi uma série que como tive já oportunidade de referir, primava por muitos detalhes. Uma coisa que as figuras tiveram nesse ano, foi um arsenal reforçado como podem observar pela figura acima. Muitas das figuras dessa série vinham bastante apetrechadas. 


A 8ª série trouxe também veículos de elevada qualidade e detalhe, e o "Pulverizer" embora não fosse um dos mais notórios, era o último veículo da "Battle Force 2000" a ser lançado... e o único a chegar a Portugal. Quanto mais não seja, é digno de nota por isso. Certamente digno de referência é o facto de ter comigo o anúncio de TV deste veículo e que irei postar mais tarde. É um dos pouco que consegui encontrar nas velhinhas VHS e que se encontra ainda em condição de ser digitalizado.


O Pulverizer utilizava um sistema harmónico de plástico para suspender o seu canhão laser. Não era muito estável, mas o aspecto era interessante. Na foto observa-se um veículo em perfeitas condições no 1º plano e um veículo já levemente atacado pelo sol no 2º. Nunca tive a oportunidade de ver esta "máquina em pessoa". Embora tivesse tido um colega de turma que o tinha, mas os nossos caminhos de G.I.Joe nunca se cruzaram...

domingo, 17 de outubro de 2010

Estilo pós apocalíptico

De volta aos anos dourados de G.I.Joe e a uma das séries de maior sucesso, a 5ª nos EUA. O ano era 1988 e a Portugal chegava a 2ª série "portuguesa", a original de 1986. Com ela, uma panóplia de fantásticas figuras e complexos veículos que rivalizava com a do ano anterior. Um dos veículos que mais me seduziu, foi o Dreadnok Thunder Machine.  


Uma máquina que parecia tirada da série Mad Max que havia concluído em 1985 (Além da Cúpula do Trovão), vinha equipada com 2 canhões rotativos "gatling", e um motor de jacto!


Este veículo era mais uma mostra do poderia da marca em relação às demais. Com pneus em borracha, eixo frontal que se movia para esquerda e direita, placas blindadas amovíveis, e uma quantidade considerável de detalhes, era um brinquedo extremamente completo.


E como todos os veículos de tamanho e preço considerável, continha uma figura original. Thrasher era o piloto/condutor da "Máquina Trovão". Era um Dreadnok, às ordens de Zartan. O seu ficheiro fala-nos da sua infância e juventude de classe média durante a qual nunca nada lhe faltou e nunca nada que lhe tivesse sido dado tivesse tido um fim feliz. Um menino mimado transformado terrorista. A figura é bem capaz de ser uma das melhores de sempre, com deliciosos pormenores como os picos nas caneleiras. A 1ª figura de Thrasher que tive, comprei em 2ª mão por pouco mais de 1.5€ na moeda actual.

 
Este veículo transporta 6 figuras e é sem dúvida alguma um dos meus favoritos. Andei largos anos até encontrar um modelo em perfeitas condições tendo tido cerca de 5 às peças na minha colecção. Actualmente são só 2. Tive vários colegas de escola que tinham esta máquina trovão, mas estranhamente nunca tive a felicidade de ver alguma delas nos tempos que brincávamos juntos. Inexplicavelmente, não era um dos veículos que mais apreciassem, e como tal nunca vinha com eles. Falta de sorte a minha!

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Fim anunciado

Antes de voltar aos anos dourados e às múltiplas razões que me levaram a ficar fã desta linha de figuras de acção, fazemos uma viagem rápida (longa seria doloroso) ao último ano oficial de comercialização em Portugal da linha de 3 3/4".


O ano é 1995 e a série é a 12º de 1993 nos EUA. Acima na foto está o Cobra Ice Snake , veículo de ataque polar e misto de bom conceito e péssima escolha de materiais e forma de fabrico. As opiniões dividem-se. Alguns fãs acreditam que era falta de imaginação, outros que era uma tentativa de adaptação ao novo mercado inundado de molas e elásticos que antes eram proibidos no fabrico dos canhões. Outros haviam que acreditavam que era de certo modo propositado de forma a "fechar a loja" dos G.I.Joe de 3 3/4" na sua vertente militar convencional e embarcar em novas aventuras de "fantástico". Ao ver deste fãs, era algo que vinha a ser feito nos últimos anos. E quanto a isso, com eles e de comum acordo estavam os que defendiam a falta de imaginação.


O tom enferrujado é algo que este Ice Snake ganhou, não era original. Curiosamente fica até bem, caso fosse customizado, mas enquanto peça original é apenas mais uma vítima de queimadura do sol. Este plástico é extremamente frágil a esse factor. Quanto ao veículo em si, não é assim tão mau como algumas peças de 1993 (1995 em Portugal). Esta linha, agora com a nomenclatura "Battle Corps" tinha desenhos de qualidade e a mecânica de alguns era até interessante, mas muito abaixo do que nos habituara a Hasbro. Os autocolantes eram berrantes e o plástico era geralmente e como acima referido, de má qualidade. Já não eram visões realistas de máquinas de guerra, mas sim suportes para as figuras, que por sua vez perdiam classe com o passar do anos.


Este veículo particularmente foi comprado no Jumbo, hoje Auchan. Não havia figuras à venda, mas apenas este, e poucos mais como um outro veículo que partilhava partes deste veículo polar como as rodas, mísseis e canhão, e que estará aqui também um dia - quando todos recuperarmos do choque ao rever este ano de 1995. Este foi também o ano em que surgiram as figuras de Street Fighter II entre outras distintas e estranhas curiosidades. E foi o último ano em que no formato de 3 3/4", G.I.Joe apareceu de forma lata no mercado português.

sábado, 9 de outubro de 2010

Odiado pelos pares

Com o verdadeiro "look" de pirata, Zanzibar era um membro diferente dos Dreadnoks. Odiavam-no desde o momento em que chegou ao gang. Pela própria forma como ingressou, ao tentar roubar a gasolina de 2ª qualidade que havia vendido ao líder do grupo, Zartan, tendo de certo modo caído nas suas "boas graças" pelo humor da situação. Zartan resolveu deixá-lo por perto, até porque seria mais fácil controlá-lo. Mas era especialmente posto de parte por razões de higiene e por roubar os outros membros do gang.   


Zanzibar (arquipélago) foi território colonizado por árabes na África oriental. Curiosamente, o primeiro europeu a pisar aquelas ilhas foi Vasco da Gama. O resto é história para quem a quiser descobrir acerca da terra natal de Freddie Mercury, mas achei piada ao pesquisar um pouco mais sobre a terra que deu o nome a este personagem.


Original da 6ª série nos EUA em 1987, chegou a Portugal em 1989. Produto do 3º catálogo (um dos melhores de sempre enquanto suporte de publicidade) vinha com o seu esquife aéreo personalizado e com armas que completavam o seu aspecto "Jolly Roger". Enquanto figura, apresentava um toque especial e único durante anos na linha: O rabo de cavalo em "cabelo verdadeiro".


Hoje em dia aprecio muito esta figura de todos os ângulos assim como o seu veículo. Na altura não achei que esta figura fosse um grande investimento, e como tal não a comprei. Um grande amigo de escola tinha-o e como brincávamos juntos muitas vezes, podia observar o personagem sempre que quisesse. A própria Hasbro / Marvel / Sunbow não lhe deu muito "tempo de antena" e isso pode ter contribuído para a fraca posição que ocupava enquanto Dreadnok aos olhos dos coleccionadores e aficionados.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Isto eu comando!

O 2º grande líder Cobra a chegar a Portugal foi o Imperador Cobra - Serpentor. Uma das figuras do 2º catálogo (1988) que na realidade, era uma figura da série de 1986 nos EUA.


Numa 1ª instância, Serpentor foi uma criação genética dos Cobra, que para o efeito saltearam os túmulos dos maiores líderes da história de modo a obterem o seu ADN.O resultado: Um brilhante estratega com um ego gigantesco. A sua frase de marca: This I command!


Em 1987 com o lançamento do filme de animação G.I.Joe: The Movie, viria a ser revelado que ao líder da pesquisa teria sido implantado um "motivador psíquico" de modo a ter essa brilhante ideia. Serpentor era portanto e na realidade, uma criação do governante de Cobra-La: Golobulus, figura que nunca viria a ser distribuída em Portugal.


Esta figura é soberba (à luz parâmetros dos anos 80/90). O seu manto cor de safira era extremamente frágil e assemelhava-se a uma malha de aço. O 1º Serpentor que tive foi comprado em 2ª mão e não trazia este manto. Vinha com os polegares partidos que era uma "lesão" muito comum. Aliás a mais comum (a par da virilha) nas figuras G.I.Joe. Os dentes da cobra do seu capacete são também motivo de preocupação para quem tem uma figura destas.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

O tanque dos tanques

Se há veículo que de facto mexeu comigo durante os anos que precederam o coleccionismo e ainda mexe nos dias que correm, é um tanque. Não um tanque qualquer, o Mauler - o "malhador".


Apaixonado desde o momento que o vi em catálogo, nunca tive o privilégio de o encontrar à venda. Nunca até aos dias de coleccionador tive o gosto de o chamar "meu". Por isso, com alguma naturalidade, foi uma das prioridades quando a oportunidade surgiu.

 
Até meio do novo milénio, o Mauler M.B.T. Tank era um dos mais valiosos itens da colecção. O cabo lateral era especialmente difícil de encontrar intacto (e mesmo em mau estado) e o condutor "Heavy Metal" trazia aquele que é considerado um dos acessórios mais fáceis... de perder. O comunicador.


Com o lançamento das novas séries de G.I.Joe e  constantes reedições de figuras e veículos, o "Manned Battle Tank" tornou-se mais acessível e manifestamente mais barato nos habituais pontos de compra. Mesmo assim, não lhe retira o brilho. Quando foi lançado em Portugal na primeira série (1987), procurei-o por toda a parte, em todas as lojas, em todos os quiosques. Só o vi ao vivo anos mais tarde na casa de um colega de escola. Este tanque é motorizado e tem duas velocidades frontais e a única forma de "brincar" livremente com ele seria retirar as lagartas. Era essa a prática na casa desse meu amigo. E ainda me lembro de ele levar os seus G.I.Joe (na altura ainda Action Force) para o quintal... dentro da caixa do M.B.T. - Crime!   


A minha "fome" pelo Mauler levou-me a conseguir as 3 versões existentes : Europeia (Action Force), Norte-Americana (a original)  e a Canadiana (Cnd Army). Todos eles funcionais. É uma peça brilhante, do melhor que alguma vez se viu na indústria das figuras 3 3/4" e continua a ser um marco que distingue uma colecção.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

O exército privado de Destro

Definidos como um exército privado composto por mercenários, guarda pessoal e do seu castelo, os Iron Grenadiers são mais uma facção que ao serviço de Destro, enfrenta os G.I.Joe. São-lhe leais, especialmente por serem extremamente bem pagos. Todos eles ganham uma quota parte das vendas de armas do negociante escocês.  

Criados em 1988 (chegariam a Portugal em 1990) são parte de uma nova era na história da marca. Por esta altura, Destro perseguia (ainda mais) sozinho os objectos de desejo da sua carreira diabólica como futuro regente do mundo livre. Em poucas palavras, havia saído dos Cobra.


O seu exército era composto por infantaria, condutores/pilotos, tropas trans-atmosféricas, mergulhadores de elite e oficiais sem escrúpulos e muita ganância. Repleto de profissionais altamente motivados pela possibilidade de lucro, era um exército bem mais capaz que o dos Cobra, embora em menor número.

1989 Annihilators
De todos os elementos que compunham o numeroso exército, os meus preferidos eram os "Aniquiladores". Guarda pessoal de Destro, era a sua tropa de elite. Vinham equipados com uma mochila-helicóptero e o seu esquema de cor, embora berrante, combinava na perfeição. Originais de 1989, chegariam a Portugal em 1991. Mais uma razão para lhe chamar série de ouro