sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

Bola Louca de Batalha

Adaptação da capa de GIJOE #59,  Marvel
"Bola Louca de Batalha", em que Louca acaba por ser o duplo significado de Ballistic, que a ser traduzida como Balística, remete para a ciência que estuda o movimento dos projécteis. Ahh, meninos e meninas, aprender com G.I.Joe (que nesta altura, 1989, ainda era Action Force em Portugal). Quanto à mecânica da coisa, o princípio era simples: um pogo-stick gigante, em esteróides e bem armado, funcionava com curtas explosões dos seus foguetes para se elevar no ar. As fortes suspensões dos seus três pés, permitiam uma aterragem segura e utilizar esse momento para duplicar a acção do salto. Ao elevar-se, não só tinha imediatamente uma vista priviligiada do inimigo, como podia fazer uso das duas bombas guiadas por infravermelhos, ou da metralhadora que tinha montada na torre inferior. Este estranho modo de se movimentar, que lhe valeu o nome "POGO", sendo imprevisível, tornava-o um inimigo difícil de abater. Precisaria de um adversário à altura. Com pelo menos 4 canos de 90mm, vários mini-mísseis, 360º de visão noturna e computador de aquisição de alvos...    

O pula pula (pogo stick), que pese embora tivesse (também) sido moda por cá, na realidade, o conceito foi mais associado enquanto brinquedo ao Pogobol, da brasileira Estrela Inc. E curiosamente (ou não) nesta altura, 1988/89. Assim, quando em 1989 o Cobra POGO foi lançado em Portugal, não houve a associação do nome ao brinquedo que era usado para pular rua abaixo pelos nossos amigos mais velhos, tios e pais. Na realidade, tendo a "palafita" com mola sido inventada nos anos 1920 (ou antes), diria que até avós e bisavós. MAS, lembro-me de ser referenciado o pogobol quando brincávamos com o POGO dos Cobra, e não seria de admirar que no subconsciente, o cruzamento de conceitos tivesse tido mão no curioso sucesso deste pequeno veículo em Portugal. Digo curioso, porque a nível internacional não é dos mais acarinhados, e até vou mais longe, faz parte de quase todas as listas de piores veículos da linha.


POGO foi um invento de Fred VII, e se não leram GIJOE #59 da Marvel (maio, 1987), *spoiler alert*, Fred VII era um siegie, Crimson Guard da série Fred, que havia sido sujeito a cirurgia estética para se parecer com... bom, todos os outros Fred da mesma série. No entanto, Fred VII era um génio da mecânica e cibernética e não só criava e reparava tudo o que pudesse ter utilidade ao serviço dos Cobra como teve oportunidade de servir o Cobra Commander de uma forma bem mais pessoal.


Como todos os Crimson Guard destacados para serviço de espionagem activa, tinha um emprego de fachada, neste caso, mecânico de automóveis. A sua oficina escondia um moderno laboratório. Foi ele que idealizou, desenhou, revelou e entregou a Battle Armor a Cobra Commander e produziu uma prótese de perna para o filho do seu "querido" líder, que havia sido vítima de um "acidente" de viação. Mas isso é outra história, para outro dia, bem como a forma como Fred VII usou a Battle Armor, para tomar o lugar do Cobra Commander original. O #59 apresentou também o SLAM, de cuja história em breve falarei, e de Raptor, que é vítima da falta de paciência de Cobra Commander.


A arte na caixa mostra o Cobra Commander (versão battle armor) como piloto. Se tivermos em conta a continuidade Marvel, o piloto do POGO pode, na realidade, ser até Fred VII, que depois de alvejar Cobra Commander, usou a sua armadura para tomar o seu lugar.  

Os três pés do Cobra POGO têm apoio para míssil, embora só incluísse (originalmente) 2.
Como com a maior parte das peças desta colecção, tenho uma história pessoal associada: o meu primeiro "Ballistic Battle Ball" foi comprado no verão de 1989, ao final de um quente dia de Agosto. Saímos tarde da praia, eu e os meus pais, e ainda fomos às compras. E por ter sido um desportista e não me ter queixado, tive direito a um presente... Adivinharam, nesse dia, o Cobra POGO saltou para este lado.


1 comentário:

  1. Olá M.
    Parabéns. o Site está muito bem trabalhado.
    ( O que não constitui surpresa nenhuma).
    Cumprimentos,

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