terça-feira, 22 de novembro de 2011

Veículo da semana: G.I.Joe General

O General é outro dos monstros da colecção. Veículo/ Playset de 1990(EUA) chegaria anunciado em 1991 (coisa rara), embora apenas em 1992 estivesse amplamente disponível em todas as lojas da especialidade. Uma colecção que vinha já aproveitando o empurrão dado pela RTP1 com as séries da DIC. Por esta altura, as figuras e veículos mais pequenos eram presença habitual nos supermercados e são as mais comuns em Portugal.


O G.I.JOE General era a estrela do genérico da 1ª série propriamente original da DIC. Digo isto, porque os 1ºs episódios já produzidos pela DIC Entertainment foram a composição da mini-série "Operation Dragonfire" que serviu basicamente para fazer regressar o Cobra Commander e "reformar" Serpentor. Nos EUA, serviu também para introduzir as sub-teams "Python Patrol" e "Slaughter´s Marauders" que nunca chegariam a Portugal (excepção feita à figura Low-Light).


Este enorme veículo/ playset  sucedia ao Rolling Thunder, da série anterior. Pejado de interessantes detalhes de funcionamento, incluía um lança morteiros, capacidade para mais de 25 figuras e um helicóptero "Locust". Uma das mais poderosas armas no arsenal dos Joes, era um elemento decisivo em qualquer feroz batalha, e a sua presença  geralmente determinava a retirada dos Cobra.


 Estrela também de um episódio em particular "General Confusion", apareceu várias vezes e em vários episódios da 1ª série da DIC. Era designado como "a mais poderosa arma existente". O seu arsenal incluía intensificadores de imagem, designadores de alvo laser, detectores infra-vermelhos, baterias anti-aéreas e  mísseis terra-ar e terra-terra controlados por Doppler.


Dos 3 veículos General que já estiveram na minha colecção, sobram os dois que podem ver. Não fazia muito sentido "coleccionar" estes monstros que no fundo não diferindo, nada de novo traziam mais réplicas a não ser encurtamento de espaço.


Estou geralmente comprador de variantes e cópias seladas, ou por montar, pese embora que no caso particular do General, tenha a caixa original uma vez que o comprei em 1992 pela escandalosa maquia de 20 contos (100€ actualmente). Mais tarde, quando G.I.Joe perdeu quase todo o seu encanto para as crianças (consumidores do que passa na TV), a maior parte das lojas como já referia tantas vezes, decidiu fazer promoções na ordem dos 50%. Como consequência, em 96/97 acabei por comprar outro por 10.000$ (escudos) que viajou para os estados unidos encontrando-se em casa de um grande amigo e coleccionador. Imaginem agora o valor dos portes de envio quando esta "besta" pesa (selada) mais de 5Kg.  

 

Na imagem, detalhe de mais uma "barraca" dos responsáveis pela fotografia das caixas e catálogos europeus. Zandar, figura Cobra de 1986 (EUA) ao lado de 2(?) figuras Major Storm. Nos EUA, o cuidado era mais usual para não incorrer em erros de facção. Ainda ontem, enquanto via uma entrevista de Ron Friedman (USC School of Cinematic Arts), escritor/criador das primeiras mini-séries e filme de 1987 (criou também a maioria dos episódios dos Transformers da Marvel/Sunbow, inclusive o filme de animação) percebi como é complicado gerir um universo tão grande (que parece durar para sempre) e ter sempre presente tanto nomes como o que pertence a quem e a que veículo. Parece uma tarefa apenas ao alcance do "pai" dos G.I.Joe, Stan Lee.


A versão americana. Plásticos de um amarelo mais "torrado" e peças verdes mais escuras.


Como já referido, contava também com  um helicóptero de reconhecimento (fortemente armado).


Lado a lado, as duas versões fabricadas. A norte-americana (com cores canadianas) e a europeia (já com todos os autocolantes G.I.Joe: United States em oposição a GIJoe: The Action Force). As diferenças estão nas cores dos plásticos menos rígidos como já referi. As versões europeias são regra geral mais claras e de maior qualidade, embora em termos de coleccionismo, as americanas sejam sempre as mais procuradas e valorizadas.


Frente a frente, consegue-se perceber a diferença?


Além das armas visíveis, possui 2 baterias de lança-mísseis que estão acopladas às placas de aterragem de helicópteros.


Estas baterias revelam-se ao girar as plataformas. Uma vez niveladas, giram 360º.


 Ao levantar os "tectos", temos acesso às duas zonas de controlo de batalha.


Estas duas zonas (uma de cada lado) albergam 4 figuras (8 no total, portanto).


De uma forma geral, o G.I.Joe General (enquanto brinquedo) é um veículo sólido e resistente. No entanto, o plástico rígido de que são compostas várias das suas partes pode ser danificado com alguma facilidade.


Os eixos, tendo em conta o peso, partem-se caso não sejam tomadas precauções no seu manuseamento. E os tectos que albergam as plataformas de aterragem/lança mísseis podem ficar com marcas ou mesmo partirem junto à união com o corpo principal do veículo. Mas se o uso for meramente de um coleccionador, o perigo é mínimo.


O poderoso canhão de morteiros altamente explosivos.  Este canhão funcionava mesmo, por sistema de mola. É preciso referir que estávamos numa era em que as maiores companhias de brinquedos apostavam nos acessórios que funcionavam, por mola ou elástico, alavanca ou qualquer outro sistema de impulsão. E o mercado, sendo o principal (senão único) factor de decisão, exigia à Hasbro a consequente actualização. 


Numa era de maior exploração dos sons e luzes, este playset tinha o seu bloco electrónico.  Com um botão que controlava duas lâmpadas (não eram LEDs) e 6 botões de som, identifica-se com alguma facilidade a década da sua construção. Os sons eram básicos (estilo ZX Spectrum, para os que -ainda- sabem o que é) e a luz era fraca. Mas em 1991/1992 era um pormenor interessante.  Este bloco (removível para substituição das pilhas) era frágil nos seus componentes. A humidade pode atacar sem piedade deixando o seu perfeito funcionamento por vezes irrecuperável.


A área do fosso do canhão de morteiros parece um pouco despida, podendo ter sido mais aproveitada com detalhes ou lugares para figuras. No entanto, e por outro lado, se olharmos ao lado "realista", seria complicado para qualquer operacional estar presente num disparo. Mesmo com abafadores de som ou capacete, saía dali surdo.


Incluído com o General, vinha o seu operador/condutor - Major Storm. Major de nome de código, a sua patente igualava o nome (Army O-4 - Major). Além de comandante do General, era oficial de artilharia a longa distância. No seu currículo incluem-se os clássicos M60A1 e M1A1, e diz-se deste experiente Major que já esqueceu mais acerca de blindados do que a maioria dos comandantes alguma vez vai saber.


O General é agora o "seu" tanque, que tem mais capacidade e poder de fogo que uma bateria inteira de canhões de 155mm. Em termos de contra-medidas, este "tanque" não fica atrás de nenhum. 


  

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